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Câmara dos Vereadores debate políticas públicas para os artesãos da cerâmica de Icoaraci

O vereador Renan Normando (Podemos) convocou sessão especial que reuniu lideranças do setor

Abílio Dantas
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A comercialização das peças de cerâmica artesanal de Icoaraci tiveram queda de 50% nos últimos cinco anos. Os trabalhadores do segmento afirmam que o principal motivo, para além das restrições impostas pela pandemia, estão na dificuldade de acesso dos compradores aos pontos de venda, com destaque para a falta de pavimentação das vias públicas que levam ao bairro do Paracuri, área tradicional da atividade cultural.

A Câmara Municipal de Belém (CMB), por meio do vereador Renan Normando (Podemos), realizou sessão especial para tratar da aprovação do Projeto de Lei nº 878/21, que institui o artesanato de Icoaraci como Patrimônio Cultural do Município de Belém, e escutar as lideranças do setor sobre os problemas atuais, como a falta de espaço para exposição e segurança.

Estiveram presentes as entidades: Federação das Associações e Cooperativas de Artesão do Pará, representada por Roselene Trindade; Sociedade de Artesãos e Amigos de Icoaraci, com Carlos Pantoja; Cooperativa dos Artesãos de Icoaraci (Coarti), do Mestre Rosemiro; e o Sindicato dos Artesãos do Estado do Pará, cuja representante foi a presidente, Nartreza Maia.

Autor do projeto de lei, o parlamentar Renan Normando afirmou que o reconhecimento da Casa Legislativa é apenas o primeiro passo para mudar a situação atual dos artesãos do distrito. “Sabemos da importância deste projeto de lei para os artesãos de Icoaraci, pois garantirá que o seu artesanato seja cada vez mais respeitado e reconhecido. O nosso mandato se faz presente, apoiando e valorizando a nossa cultura. Mas é apenas o primeiro passo. Vamos continuar em contato com vocês, escutando as propostas e procurando as autoridades responsáveis para implementar as soluções”, afirmou em pronunciamento na mesa diretora.

Para Roselene Trindade, o título de Patrimônio Cultural de Belém deve trazer muitos benefícios aos artesãos. “Por exemplo; melhoras da infraestrutura pública, como pavimentação das ruas, conhecimentos novos adquiridos com parceiros das universidades que já se fizeram presentes. Esperamos também receber cursos apropriados, o empreendedorismo deve aumentar. Tudo isso serão benefícios sociais. A nossa comunidade do Paracuri, como um todo, será beneficiada”, destacou.

Rosemiro Pereira, o Mestre Rosemiro, que é o artesão mais experiente em atividade, com 85 anos, discursou sobre a saudade que sente dos períodos em que havia mais oportunidades para que os artesãos pudessem alcançar a clientela. “Tínhamos de seis a oito feiras de artesanato nacionais. Nós viajávamos e trazíamos bons resultados. A questão, para nós, não era viajar para passear, e sim poder chegar aos nossos clientes e conseguir vender. Hoje em dia, muitos vendem pela internet. No entanto, com o preço do frete, dependendo para onde vamos vender o produto, não é viável. Por isso, é importante que retornem as feiras e outras políticas que possam fomentar a nossa atividade”, defendeu.

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