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Obras da Bienal de São Paulo serão exibidas no complexo do Ver-o-Peso

Mostra Itinerante de artistas de vários países chega a Belém

Camila Lanhoso Martins, especial para o Grupo Liberal
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De forma inédita, Belém vai sentir um pouco da atmosfera da Bienal de Artes de São Paulo, com a chegada à capital paraense da Mostra Itinerante da 34ª edição do evento, que teve como tema “Faz Escuro, Mas Eu Canto”.

Com abertura prevista para o dia 29 de setembro, no Solar da Beira, pertencente ao Complexo do Ver-o-Peso, a exposição, que faz parte do programa de mostras itinerantes — um projeto da Fundação Bienal que leva recortes a nove cidades no Brasil e depois ao exterior - é composta por trabalhos de nove artistas de oito diferentes países: Alice Shintani (Brasil), Claude Cahun (França), Gala Porras-Kim (Colômbia), Haris Epaminonda (Chipre), Jungjin Lee (Coreia do Sul), Melvin Moti (Holanda), Naomi Rincón Gallardo (Estados Unidos), Uýra (Brasil) e no Mercado Ver-o-Peso, o público poderá ver a escultura de luz da artista italiana Marinella Senatore, de 10 metros de diâmetro.

A instalação ficará suspensa sobre os transeuntes, próxima ao telhado do Mercado, criando uma arquitetura efêmera e impactante. Composta por dezenas de lâmpadas, a obra nos lembra do impacto das ações realizadas coletivamente.

image Trabalhos do paraense Uýra também estarão na mostra internacional (Matheus Belém/ Divulgação)

"É a primeira vez que levamos o programa de mostras itinerantes da Bienal de São Paulo para a região Norte do país, e nos alegra muito que isso se dê justamente com a 34ª Bienal – edição que contou com um número nunca antes visto de artistas indígenas, alguns deles da região amazônica. Por meio da colaboração com a Prefeitura de Belém, chegamos ao Solar da Beira, patrimônio histórico localizado no coração da capital paraense, consolidando a Bienal como um evento que não é apenas do sudeste do país, mas de todos os brasileiros. Além da exposição, acontecerão também ações educativas e de difusão na cidade, fortalecendo nossa missão de integrar cultura e educação e alcançar, cada vez mais, novos públicos, olhares e vivências", afirma José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo.

A exposição será organizada a partir de dois enunciados: A imagem gravada de Coatlicue e Hiroshima Mon Amour, de Alain Resnais, ao redor dos quais agrupam-se 58 obras que dialogam com questões como alteridade e opacidade, sendo este último um conceito do filósofo francês Édouard Glissant, uma das referências teóricas desta edição. O filósofo também dá importância aos diferentes tipos de diálogos, assim como maneiras de pensar de modo pacificador. Já o título Faz Escuro Mas Eu Canto vem de um verso do poeta amazonense Thiago de Mello, publicado em 1965.

O curador da mostra Jacopo Viscontti Criveli, que também assinou a curadoria geral da programação de São Paulo. “O intuito é transmitir um pouco do que fizemos na 34ª Bienal de São Paulo. O grande público que não reside em São Paulo – ou seja, a maioria do Brasil – não tem acesso fácil a esse grande evento internacional de arte contemporânea, que aborda questões urgentes por meio da produção de artistas. A proposta do programa de mostras itinerantes é justamente difundir o conteúdo das Bienais de São Paulo a públicos mais amplos e diversos”, explica.

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