No dia do meio ambiente, exposição reúne fotografia, moda e sustentabilidade

'O Futuro é coletivo' surge como um ato de resistência à desvalorização da Amazônia

Redação Integrada

Hoje é o Dia Mundial do Meio Ambiente, uma data que foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) afim de chamar atenção da população para todos os problemas ambientais existentes, além de mostrar o valor de preservar recursos naturais para gerações futuras. E não teria forma mais gostosa de celebrar esse dia do que projetos inspiradores, que reforçam nossa esperança de confiar em um planeta mais saudável.

Assim nasce o projeto “O futuro é coletivo”, desenvolvido pela marca de biojóias “Da Tribu, que será lançado hoje ás 11h, através das redes sociais da marca. O lançamento contará com uma exposição virtual e abrirá caminho para uma série de encontros afim de debater moda e sustentabilidade.

A história da comunidade Pedra Branca, na ilha de Cotijuba, em Belém, é o fio condutor do projeto. O encontro entre a Da Tribu e famílias ribeirinhas é o ponto de partida para reflexões sobre novas formas de fazer moda, através da responsabilidade socioambiental e o respeito ao meio ambiente. E quem conta essas histórias através da arte da fotografia são os fotógrafos João Urubu, Kleyton Silva e Luiza Chedieck, além de vídeos e textos, em exposição no ambiente 3D criado pelo artista visual Lucas Mariano.

A produtora do projeto e diretora de criação da marca Da Tribu, Tainah Fernandes, destaca a importância de mostrar iniciativas positivas em meio a tempo tão difíceis na Amazônia. “Através da exposição, a gente conta a história de um novo ciclo da era da borracha na Amazônia. Um ciclo que carrega a moda sustentável. Até hoje se predomina a borracha na Amazônia para indústria automobilística, preservativos mas a gente quer falar dessa matéria renovável para contribuir para a indústria da moda, que é uma das mais poluentes do mundo. Então mostramos a importância de trazermos produtos veganos, biodegradáveis, impermeáveis a partir do valor humano, que é o que a Amazônia tem de mais potente: a sociobiodiversidade.

 

Tainah explica que a exposição parte de uma relação afetiva e amorosa para compartilhar esse processo de produção do látex com mais pessoas. “É uma exposição totalmente interativa, com 3D, o público poderá passear por três ambientes que a gente criou falando desse pertencimento amazônico, da importância que Cotijuba tem para nossa história. Além de sensibilizar não só para a relação de produção dos trabalhadores, mas para a relação entre as pessoas da comunidade. O que a gente mais espera é que o futuro seja sempre um lugar melhor”, destacou.

“Nossa exposição é um ato de resistência a tudo o que vem acontecendo para a desvalorização da Amazônia, reunimos esses materiais com grandes fotógrafos como o João, o Kleyton e a Luiza e vamos contar essa história de forma poética”, finalizou.

O fotógrafo Kleyton Silva não esconde a felicidade de ter recebido o convite para participar da exposição. “Recebi o convite da Tainah e da Kátia Fagundes no meio da pandemia, foi uma grata surpresa pra mim. Já tenho uma relação afetiva com a ilha de Cotijuba mas não fazia ideia do que eu ainda podia encontrar por lá. Não sabia que a ilha desenvolvia um potencial enorme para a produção do látex”, afirmou.

O fotógrafo foi um dos escolhidos para emprestar o olhar sensível na produção dos fios e na relação de convivência entre a comunidade. “O gostoso desse trabalho é que além do convite da Da Tribu, as pessoas da comunidade foram muito receptivas. As vezes a gente assusta com uma câmera na mão, mas o nosso retorno foi muito caloroso e gratificante”, concluiu.

O projeto também resgata a ancestralidade ao mostrar um novo ciclo da borracha. “
"O novo ciclo da borracha é feminino, caracterizado pelo protagonismo dessas mulheres e jovens da comunidade, pela consciência de que vivem em um mundo global, entendendo o passado para construir a narrativa do futuro, de preservação dos recursos naturais, enxergando-se como parte da construção de um novo mundo", diz Kátia Fagundes, artesã e fundadora da Da Tribu.
Por meio dessa produção familiar, os fios se tornaram a principal atividade econômica para cerca de 30 pessoas da comunidade envolvidas na iniciativa. ,


A exposição “O Futuro é coletivo” foi premiada pelo edital de Credenciamento Aldir Blanc do Sesc Pará, em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado (Secult-PA).

Agende-se

Lançamento da “Exposição “O Futuro é coletivo”

Data: 05/06

Hora: 11h

Local: A transmissão será pelas redes sociais da marca Da Tribu


 

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