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No dia do folclore, escritores paraenses reforçam a importância das lendas para nossa cultura

Átila Monteiro e Gera Wellington destacam a representatividade das histórias e lendas amazônicas

Thainá Dias

No dicionário, folclore quer dizer: conjunto de costumes, lendas ou manifestações artísticas em geral. Mas na prática é bem mais do que isso, o folclore pode reverberar memórias afetivas importantes para a história de um indivíduo. Hoje, data em que é celebrada o Dia do Folclore, o filho do escritor Walcyr Monteiro, autor das “Visagens e Assombrações de Belém”, Átila Monteiro, e o escritor Gera Wellington, que lançou a obra “Itapuá: Um Pedaço De Chão Mágico”, comentam sobre a importância de se manter as tradições culturais vivas.

Para Átila Monteiro, “o folclore é aquele conhecimento que todo mundo acredita, mas tem receio de falar, pois não há como provar a existência dos nossos seres mitológicos. Mas, que eles existem, existem. Walcyr Monteiro é um ícone em termos de pesquisa do folclore amazônico! Falar nos mitos, lendas, visagens e assombrações da nossa região, sem dúvida, é deixar uma grande lacuna no que está sendo dito. Me sinto honrado e ao mesmo tempo, com a ‘obrigação’ de levar este legado para as próximas gerações! Meus filhos, todos os quatro netos do Walcyr, já são apaixonados pelo imaginário amazônico!”, destacou.

Átila ressalta ainda que o folclore contém, em sua essência, ensinamentos ou lições que devem ser estudados. “Meu pai sempre me dizia que, se uma história é passada, por tantos anos de geração em geração, é porque algum ‘fundo de verdade’ tem. Ademais, todo amazônida deve conhecer suas raízes! E, Matinta-Perêra, Curupira, Boto, Iara e Mapinguaris compõem o nosso DNA! Temos que saber de onde viemos, para traçarmos nosso futuro! Por fim, falar de Amazônia sem falar nas centenas de lendas e mitos que são contados em nossa região é deixar à margem um conhecimento imprescindível, e ainda não compreendido, da cultura da nossa terra”, concluiu.

Por este motivo o escritor Walcyr Monteiro, terá um estande com todas as suas obras na Feira Pan-Amazônica do Livro, que será aberta no próximo dia 27, no Hangar. O escritor morreu há três anos, mas Átila criou uma editora com seu nome para manter suas histórias vivas. Ele também busca apoio para lançar os livros deixados inéditos pelo pai, entre eles o “Visagens e Assombrações 2”, “Lendas e Mitos da Amazônia” e “Contos Noturnos”. O curador da obra de Walcyr Monteiro também luta para que escolas do estado adotem o livro mais famoso do pai como leitura para seus alunos.

ITAPUÁ

O escritor Gera Wellington também acredita que o folclore está inserindo nas tradições, nas histórias populares. “Além de ser parte manifestada em várias áreas da arte, da cultura, da literatura. Eu gosto de história, principalmente falar sobre as nossas próprias culturas. Precisamos dar mais valor ao que temos de riqueza cultural por aqui, no nosso próprio folclore. A série da Netflix ‘Cidade Invisível’ é uma prova desse reconhecimento que estamos recebendo. Achei sensacional a história e usarem também nosso espaço geográfico para as filmagens”, afirmou.

Em “Itapuá”, uma menininha de nome Sarah tem um amor enorme por seu avô, Germano. Ele faz todos os mimos da neta e conta as histórias que o autor do livro ouviu na infância. Sarah percebe o quanto seu avô tem saudade de um sítio que já não pertence mais à sua família.

Certo dia, a família é pega por um fato inesperado e Sarah vê apenas uma solução: resgatar o antigo sítio. Ela embarca numa viagem fantástica até Itapuá. Para isso, contará com a ajuda de três amigos encantados. Nessa aventura ela se defrontará com muitos dos personagens do imaginário Amazônico.

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Cultura
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