No aniversário de morte, Raul Seixas ganha tributo em Belém

Confira algumas curiosidades do artista e lista de sucessos.

Enize Vidigal
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Há 33 anos falecia Raul Seixas, um dos pioneiros do rockeiro brasileiro que marcou uma geração e segue conquistando fãs com o seu estilo irreverente e letras críticas e poéticas. Entre os grandes sucessos lançados por Raulzito, estão "Maluco beleza", "Eu nasci há 10 mil anos atrás", "Metamorfose ambulante", "Gita" e "Tente outra vez".

A data foi lembrada em Belém com homenagens ao cantor e compositor e um show com o repertório do artista. O evento foi realizado no anfiteatro da Praça da República, com o apoio da Prefeitura de Belém.

image Fãs se encontraram no show da Praça da República. (Agência Belém)

A lei 9.786/ 2022, sancionada pelo prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, declara o dia 21 de agosto como Tributo a Raul Seixas.

Curiosidades

Raul dos Santos Seixas nasceu na Bahia, em 28 de junho de 1945, e faleceu em 21 de agosto de 1989, aos 44 anos, em São Paulo. Ele foi encontrado morto, de manhã cedo, no apartamento em que morava. Sofria de alcoolismo e de diabetes, que causaram pancreatite. A causa da morte foi uma parada cardíaca.

Ele explicou sobre o apelido, Raulzito, na gravação do "Let Me Sing My Rock and Roll":  “É apelido de família. Meu avô se chamava Raulzão, meu pai Raulzinho. Eu tinha que ser Raulzito, menor ainda. Meu filho vai ser Raulzitinho, no mínimo”. Em depoimento à revista Roling Stone, Thildo Gama - com quem formou o primeiro grupo na adolescência, Os Relâmpagos do Rock, embrião de Os Panteras - recorda que Raul esboçou "Metamorfose Ambulante", aos 15 anos, originalmente como um blues.

Considerado o rei do rock nacional, Raul Seixas era fã de Elvis Presley. Mariano Lanat, remanesecente de Os Panteras, contou essa conversa que teve com Raul sobre o astro americano, de quem também era fã: “Disse a Raulzito que eu tinha visto o filme de Elvis 36 vezes. Daí ele me falou: ‘Eu assisti 92. Vamos montar uma banda’”.

Raul Seixas teve no escritor Paulo Coelho um dos parceiros emblemáticos. Juntos, eles compuseram "Sociedade alternativa", canção inspirada na doutrina do britânico Aleister Crowley, que pregava a liberdade absoluta. Confira "Cowboy fora da lei".

Transgressor das regras estabelecidas, Raul também fazia letras críticas ao cenário político da ditadura militar, como "Mosca na sopa". A vida dura do proletariado era outro tema recorrente das composições dele, como "Ouro de tolo"

Raul também provocava o público conservador, como em "Rock do Diabo". “Os evangélicos sempre disseram que ele era filho do capeta. Montavam piquetes na porta de seus shows, tentando impedir que as fãs entrassem na sua ‘Panela do Diabo’", recorda o autor do livro "A Paixão Segundo Raul Seixas", Toninho Buda, para a Roling Stone.

Em 1975, Raul tentou fazer um flme nos Estados Unidos, com a ajuda do cunhado, Jay Vaquer, que cursava a escola de cinema. O cantor assumiu a câmera e fez o roteiro, mas o filme nunca foi exibido.

 

 

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