Pelé do Manifesto abre Festival Muita Onda com show marcado por rap, protesto e cultura amazônida

Evento destaca mobilização social e diversidade artística, com dezenas de artistas levando ao palco vivências e resistências da periferia.

Bruna Dias Merabet
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A partir deste domingo, 16, até o dia 19 de novembro, o Freezone Cultural Action será palco da 3ª edição do Festival Muita Onda. No line-up, mais de 20 artistas vão se apresentar e, além disso, o espaço estará aberto para mobilização social, valorizando o protagonismo da juventude amazônida.
Além dele, vão se apresentar ao longo dos dias: Rasga Mortalha, Djs Coisa Preta, Júlia Passos convida Aíla & Mestre Curica, Dj Yndjáh, Layse e os Sinceros convidam Aqno, Tiffany Boo e Convidados, Suanny Batidão, Dj Méury, Cordão de Pássaro Colibri, Grupo de Carimbó Toró Açu, Dj Izan, Kiki Pororoca Ball: Haus Of Carão + Cena BallRoom Pará, dentre outros.

Com mais de 10 anos de carreira, Pelé do Manifesto, estudante de Letras, ator e cantor, é uma das atrações do evento. Ele se apresenta no dia que terão atrações musicais, dia 18, às 15h. O show Pelé do Manifesto convida MC Íra chega com uma forte referência do rap e da voz da juventude negra periférica.

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“Ela é uma grande artista do rap de Belém. No nosso show, ela vai trazer os convidados dela e eu os meus. No caso, vou trazer o MC Rax, que é novo na cena do rap. Eu e a minha gravadora, a Black Muamba Record, estamos lançando ele. Terá também o NJC, que já tem uma caminhada, é um amigo do bairro onde eu moro, ele é fantástico. Terá também a MC Cika, que é do funk. Ela é de Belém, mas agora está morando em São Paulo. Ela acabou de lançar um som que está estourado, chamado ‘As paraenses têm o molho’. A DJ Méury lançou o remix com ela. A Cika vem com essa força do funk com o tecnobrega”, explica Pelé.

O artista faz questão de destacar que seus convidados têm relação direta com ele, principalmente por terem sido criados no mesmo bairro, o Guamá.
Além de transformar sua vivência em arte, Pelé do Manifesto usa a música como ferramenta de denúncia, uma forma de “abrir os olhos da humanidade” para as questões sociais.

“O meu cotidiano e as minhas vivências inspiram todas as músicas que eu faço, mas também as vivências da população da periferia. O rap é esse porta-voz e canal por meio do qual o periférico consegue se expressar e colocar no mundo as suas ideias. Então, no palco, quando estou com o microfone, estou falando para o público, mas também para uma multidão que se sente representada, mesmo não sabendo a música. A gente percebe isso de cima do palco quando eles vibram em cada rima. A arte, para mim, é isso: ela também é protesto”, pontua o artista.

O Muita Onda é um projeto contemplado pelo edital “Amazônia Live”, do Rock in Rio e The Town, com patrocínio da Vale. O evento, gratuito, reafirma o poder transformador da juventude quando arte e mobilização caminham juntas.

“Eu espero transmitir para o público a essência da arte paraense, a mistura de estilos. Vou levar o rap, tecnobrega, tecnofunk e mambembe, carimbó e guitarrada. Quero levar toda essa mistura e efervescência que é a nossa cultura. Tudo isso agregado e alinhado com muita mensagem e música de protesto, porque fazer rap é também isso: se divertir e dançar, mas também fazer pensar e refletir. Para mim, é muito gratificante estar participando de um palco gratuito, que é da COP30, mas que é para todo mundo, que não é restrito, porque a arte é democrática”, finaliza Pelé do Manifesto.

A 3ª edição do Festival Muita Onda traz o tema “Pelas secretarias de juventude já! Luta e celebração no mesmo pulsar”. O evento busca reivindicar a criação da Secretaria de Juventude do Pará, que permitirá coordenação centralizada, orçamento específico e participação cidadã efetiva das juventudes paraenses.

Agende-se
Data: 16, 18 e 19 de novembro
Local: Freezone Cultural Action - Praça da Bandeira

 

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