Andinho Farias reúne experiência de palco e estúdio no ‘Mundo Brega Pará’

Programa apresenta versões acústicas de brega com arranjos assinados pelo músico

Amanda Martins
fonte

Quem já acompanhou o programa Mundo Brega Pará”, exibido pela Rádio Liberal FM e pelo canal O Liberal, no YouTube, percebeu que a atração apresenta a música paraense de maneira diferenciada. Além do bate-papo musical com artistas do gênero, a atração aposta em versões acústicas dos grandes sucessos apresentando, sem abrir mão da energia que marca o estilo. Por trás dessas releituras está o violonista e produtor musical Andinho Farias, responsável por adaptar canções, ao lado do percussionista Franklin Furtado,  e criar apresentações com experiências coletivas.

VEJA MAIS

image Rhenan Sanches e Banda Msynck mostram o som paraense no 'Mundo Brega Pará', na Liberal FM
Além de conversaram com o apresentador Markinho Pinheiro, artistas interpretam versões acústicas inéditas de sucessos ao som do violão do produtor musical Andinho Farias

image Banda Xeiro Verde e Sandrinha Eletrizante agitam o 'Mundo Brega Pará', na Liberal FM
Hellen Patrícia, vocalista da Xeiro Verde, e Sandrinha mostram versões inéditas de sucessos e batem um papo descontraído com o apresentador Ney Messias

image DJ Maderito e Keila Gentil agitam o 'Mundo Brega Pará', na Rádio Liberal FM
A nova temporada do programa começa nesta sexta (5) em alto astral com o som dançante e marcante de artista do grupo musical Gang do Eletro

Natural de Belém, ele soma 25 anos de trajetória na música e construiu uma carreira ligada à música latino-amazônica. “Comecei na música bem cedo, aos 12 anos, tocando em igrejas”, relembrou.

Andinho integrou bandas que marcaram época no Pará e no cenário nacional. Ele fez parte da TecnoShow, ao lado de Gaby Amarantos, e da banda Amor Perfeito, liderada por Ximbinha. Um dos momentos lembrados pelo músico ocorreu em 2005, na Bahia. “Ao abrir o show para a Banda Calypso, em Feira de Santana, tocamos para um público de mais de 20 mil pessoas. Foi uma experiência única”, contou.

image Andinho no Estúdio da Globo (Arquivo pessoal)

Além da atuação como instrumentista, ele se consolidou como produtor musical, assinando trabalhos que se tornaram conhecidos dentro do brega paraense. Ele está por trás de canções como “Sinto a Falta Dela” e “Samara”, da Banda ARK, e “Beba Doida” e “Passa o Serrote”, da Xeiro Verde. Também colaborou com artistas e grupos como Edilson Moreno, Fruto Sensual e Rebeca Lindsay.

Em 2022, o trabalho de Andinho ganhou projeção nacional ao integrar o DVD ‘Máquina do Tempo’, de Manu Bahtidão. Sua guitarra esteve presente tanto nas gravações em estúdio quanto nas apresentações ao vivo do projeto. Já no final de 2024, o músico ampliou sua atuação para o audiovisual, ao liberar três composições para o filme paraense “Vatapá ou Maniçoba”, exibido pela TV Globo para uma grande audiência.

Novos rumos

Para 2025, Andinho passou encarar novos desafios. No “Mundo Brega Pará”, ele tem exercido um papel central na construção da identidade sonora do programa. Segundo o músico, o formato exige uma abordagem diferente da tradicional.

“Por se tratar de algo mais dinâmico, contando histórias e experiências dos artistas que participam, tento deixar os arranjos mais intimistas”, explicou.  

“Buscamos manter a emoção central da música e uso o minimalismo do violão para deixar uma sensação mais ‘clean’ e contemporânea”, acrescentou, detalhando.

A cautela, segundo Andinho, está em respeitar a memória afetiva do público. “O cuidado está em não descaracterizar, mas sim iluminar a canção por um novo ângulo, respeitando quem já a conhece e conquistando quem ouve pela primeira vez”, afirmou.

Para o músico, participar do programa representa também um retorno às origens. “Participar do programa  é um reencontro com as raízes musicais da nossa gente”, disse.

Ele ressalta que o projeto aproxima o artista da sonoridade que faz parte do cotidiano paraense. “Como artista, me conecta ainda mais com a energia genuína do brega, que cresci ouvindo e que todo paraense escuta pelas ruas”, comentou. Já do ponto de vista da produção, ele define a experiência como um desafio criativo. “Criar um som contagiante, onde a voz e a letra ganham protagonismo, tem sido um desafio valioso”, avaliou.

O trabalho no programa é apontado por Andinho como um marco em sua trajetória. “Mostrou que é possível unir tradição e sofisticação sem perder a identidade”, afirmou.

Futuro

Com olhar voltado para os próximos anos, Andinho Farias prepara novos lançamentos. Para 2026, ele finaliza um EP instrumental autoral, previsto para o primeiro semestre, que reunirá guitarrada, brega, tecnobrega e lambada, além de participações especiais. Paralelamente, está à frente da produção e do gerenciamento da carreira da cantora Aline Alves, em um álbum autoral com influências de pop, rock e música internacional. “Vai ser um projeto focado em expandir seu alcance com uma sonoridade moderna e universal”, explicou.

Em relação ao cenário musical do Pará, Andinho observou um período de transformação. Ele aposta na renovação estética, na valorização dos artistas locais e no fortalecimento da presença digital. Dentro desse contexto, prepara o lançamento do projeto “Bregstar”, que funcionará como um hub criativo voltado à curadoria, produção e distribuição estratégica de música. “O objetivo é projetar a música do Pará para o Brasil e para o mundo, sem deixar de lado nossas raízes”, disse. 

Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞
Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Cultura
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM CULTURA

MAIS LIDAS EM CULTURA