II Festival Apoena inicia nesta sexta, 6

O Festival Apoena está de volta com a 2ª edição adaptada aos tempos de pandemia. O evento vai trazer 15 atrações da cena da música autoral paraense em shows distribuídos em cinco etapas que acontecerão nas próximas sextas-feiras consecutivas (6, 13, 20 e 27 de agosto e 3 de setembro) com início às 22 horas. Além de música, o festival apresenta uma feira de economia criativa. O evento híbrido terá com público presencial reduzido e gravação para exibição no canal do Espaço Cultural Apoena no Youtube. Nesta sexta, 6, as atrações serão a banda Pegando a Beira, o guitarrista Félix Robatto e a DJ Rebarbada.

Durante as cinco noites, o público vai poder conferir da guitarrada ao carimbó, do rock ao rap, além de conferir os novos talentos e também os veteranos. “A seleção do line up foi feita com base no que o público gosta de ver no palco do Apoena”, conta Anderson Moura, sócio-proprietário do espaço cultural. “O interesse do Apoena é mostrar ao público paraense que tem gente fazendo coisa nova e um pouco do trabalho antigo, mas sempre autoral”, explica a sócia-proprietária do espaço, Ana Paula Guerreiro, realizadora do festival. “Não serão as mesmas bandas do primeiro festival. Estamos dando espaço para novos artistas, sem sermos repetitivos”. O festival com patrocínio da Lei Aldir Blanc por meio da Secretaria de Cultura do governo do estado (Secult).

Pegando a Beira é uma nova banda da cena musical paraense, formada por Mariano Júnior (bateria), Lelo Carvalho (guitarra e produtor) e Henrique Maia (baixo) e que há três anos produz músicas autorais, regionais e instrumentais na modalidade da guitarrada experimental. “A guitarrada é a nossa base, mas a gente gosta de misturar outras coisas, de tocar a guitarrada tradicional e também da mistura com gêneros mais atuais, como a música eletrônica até as guitarras distorcidas”, conta Mariano.

Ouça as faixas de Pegando a Beira aqui ou aqui.

A banda lançou o primeiro single, “Corrida de Rato”, em 2019, e um EP que leva o nome da banda, no início de 2020, com cinco faixas: “Te abicora”, “Nai”, “Vozito”, “Mestre Alcindo” e “Pegando a Beira”. “’Vozito’ é uma guitarrada tradicional com suingue antigo inspirado nos grandes mestres Vieira e Aldo Sena. A faixa ‘Mestre Alcindo’ tem pegada um pouco mais clássica, mais lenta, para dançar agarradinho. E ‘Te Abicora’ tem elementos eletrônicos, com ar mais contemporâneo”, observa o baterista. No show desta sexta, a banda vai apresentar as músicas já lançadas e também outas inéditas. “A gente já tem mais de 20 faixas produzidas e gravadas”, revela.

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Já Félix, antecipa que vai tocar músicas dos álbuns “Equatorial Quente & Úmido” e “Belemgue Banger”, incluindo “Eu Quero Cerveja”, “Hoje Vai Ter Fritação”, “A Gente Chama de Lambada” e “Sereia Elétrica”. Ele estará acompanhado do baterista Adriano Sousa e, além da guitarra, vai comandar também as programações.  “Lambada, guitrarrada, cúmbia, carimbó sempre naquela pegada, botando a galera pra dançar, mas meio que fazendo se conter para evitar aglomeração”, afirma.

“O Apoena é um palco importante para a música regional e para a música autoral paraense. Vai ser praticamente o meu primeiro show depois da pandemia”, conta Félix, que fez lives nesse período. “Farei um show autoral, que será especial para o Apoena. Não será um show grande porque o período ainda não permite. Vou fazer a galera querer dançar sem aglomerar”.

A DJ Rebarbada revela que vai “matar a saudade do repertório latino-amazônico que embala a Lambateria, como Rossy War e Los Destellos, passando pelos bregas que são a cara dos bailes paraenses, de Banda Mega Pop Show a Fruto Sensual”. “Durante a pandemia, ouvi e fiz muitas playlists cavucando as plataformas e discos, além de músicas lançadas nesse último ano. Teve muito trabalho bom de artista paraense lançado, que é a cara da nossa noite”.

A cada sexta-feira duas atrações musicais e um DJ irão se revezar no palco. Ainda, haverá a feira de economia criativa com diferentes artesãos, que, amanhã, contará com Miguel Tembé apresentando os produtos artesanais indígenas, como cocares, colares e brincos, e “Moendy”, marca que comercializa pedras e cristais.

O espaço cultural será aberto às 18 horas, com os shows acontecendo das 22 horas às 2 horas da manhã. Os proprietários anunciaram que serão obedecidos os protocolos orientados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de prevenção à Covid-19, e, por isso, haverá limitação de público no local para garantir o distanciamento social. Informações sobre venda de ingressos e mesas pelas redes sociais do estabelecimento e também pelos telefones com Whatsapp (91) 98158-0829 e (91) 98213-6071.

Confira a programação das cinco etapas do II Festival Apoena:

06/08: DJ Rebarbada, Banda Pegando a Beira e Félix Robatto

13/08: DJ Azul, Banda Jambu Cósmico e Luís Girard

20/08: Bambata Brothers, Nic Dias e Jeff Moraes

27/08: DJ Jack Sainha, Banda Florisse e Banda Dois na Janela 

03/09: Coletivo Beatiú, Carimbó Sancari e Curimbó de Bolso