CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Banda paraense 'Evergrace' lança segundo EP: 'The Virus'; ouça

Nome sugestivo já havia sido escolhido antes do início da pandemia de covid-19

Vito Gemaque
fonte

Uma coincidência fez o lançamento do segundo EP da banda paraense de rock Evergrace ganhar um outro sentido. A banda com oito anos de existência lança o EP “The Virus” neste sábado, 11, para mandar uma mensagem oposta ao momento que o Brasil e o mundo passam com a pandemia do novo coronavírus.

O trabalho tem quatro músicas autorais que estão disponíveis em todas as plataformas digitais.

Ouça 'The Virus'

Apesar da atual situação mundial com o Covid-19, os músicos contam que o título The Virus (“O vírus” em português) foi uma coincidência e que todo o conceito do EP, bem como todas as composições foram definidos no ano passado.

O grupo é formado por Felipe Lima, mais conhecido como ''Kvra” no vocal; Diógenis Assunção “Dió'' na bateria; Rodrigo Torres na guitarra e Thiago Machado no contrabaixo.

Segundo o guitarrista e um dos compositores da banda, Rodrigo Torres, a faixa “The Virus” definiu o conceito do trabalho a partir de uma metáfora para falar sobre o conhecimento.

Neste caso, o 'vírus' adquire boas características. “A gente já tinha essa música e o EP prontos desde o ano passado, o conceito da música The Vírus é uma metáfora para o conhecimento, para que o conhecimento infectasse as pessoas e se libertariam, a música é basicamente isso. As pessoas sendo livres pensamento e autonomia. Essa era a ideia e consequentemente calhou de acontecer isso do coronavírus bem neste período. O álbum foi gravado em março. A gente conversou sobre isso, porque já estava tudo pronto e como a gente tem uma mensagem positiva decidimos lançar”, explica.

O álbum tem quatro canções em inglês com temas positivos relacionados ao conhecimento e autoconhecimento. Após a primeira faixa “The Virus”, a segunda faixa “Reprogram” (Reprogramar) fala sobre como as pessoas acreditam que as coisas funcionam realmente no nosso mundo e como muitas vezes são manipuladas.

Já as outras duas faixas “Among Angels” (Dentre de Anjos) e “Say No” (Diga Não) têm uma conotação mais pessoal e emocional sobre como o conhecimento das verdades e de si mesmo afeta a vida de um ser humano.

As letras são quase todas uma parceria entre Felipe e Rodrigo, mas algumas escritas somente pelo guitarrista.  “A nossa rotina é sempre assim, o Kvra tem uma ideia musical, a gente desenvolve no estúdio, com o Dió e o Thiago, e a letra só vem no final”, explica Rodrigo.

O som da banda tem guitarras pesadas, melodias trabalhadas e um vocal potente. Entre as influências estão bandas como Raimundos, CPM 22 e Dead Fish, mas também outras como System of a Down, Pearl Jam, Alice in Chains e até clássicos que todo bom roqueiro escutou na infância com os seus pais, como The Cure e The Smiths.

Devido a epidemia, o Evergrace teve que adiar o show de lançamento do EP. A ideia era fazer como o primeiro EP “Are We Free?” que contou com um show no lançamento. “A gente estava com planejamento de fazer o lançamento digital e um show, mas infelizmente teve toda essa onda da pandemia, e o show foi por água abaixo. Futuramente queremos apresentar o segundo EP ao vivo”, diz o baterista Diógenes Assunção.

O próximo plano da banda é elaborar mais um EP até o final de 2020. E, em seguida, unir as músicas dos três EP’s e mais algumas inéditas no primeiro álbum no início de 2021. Segundo Rodrigo, os assuntos dos dois primeiros EP’s se relacionam, e a diferença principal é o amadurecimento da banda entre 2019 e 2020.

“A principal diferença é a maturidade. ‘Are we free?’ foi o primeiro trabalho autoral meu e de toda a banda. A gente ainda era muito imaturo, e o segundo está com muito mais maturidade nas execuções e composições. Os dois tem em comum a mensagem positiva de buscarem liberdade. No primeiro a pergunta era é se somos livres, para incentivar as pessoas a viverem livres. Neste sentido tem um pouco em comum, porque quanto mais conhecimento você tem menos influenciado é pelo meio e por outras pessoas”, declara Rodrigo.

Banda gravou EP em estúdio famoso por bandas de rock

Apesar de ter um estúdio próprio para ensaios e gravações, o Jungle Sound, a banda decidiu ir até Petrópolis, no Rio de Janeiro, para gravar no estúdio ForestLab do produtor Lisciel Franco, que já trabalhou com bandas conhecidas do cenário do rock nacional como Detonautas Roque Clube.

“Resolvemos gravar lá porque, além de contar com a produção do Lisciel, tivemos a experiência de gravar na fita (100% analógico), da mesma forma como nossos ídolos gravam seus discos”, reforça Rodrigo.

Lisciel é um dos poucos produtores de rock do Brasil que grava analogicamente, além de ter uma ampla experiência como produtor. “A forma como ele grava é diferente, geralmente os estúdios gravam tudo digital. Lá ele grava no analógico na fita, o que é uma forma diferente de fazer captação do áudio. Ele meio que curte fazer assim. E lá gravaram bandas que nos inspiram, ele seria o cara ideal para gravar esse segundo EP. Por isso a gente decidiu gravar lá, pela qualidade de gravação e pelo produtor ser experiente”, enfatiza Rodrigo.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Música
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM MÚSICA

MAIS LIDAS EM CULTURA