Andro Baudelaire lança novo EP e programa no Youtube

A pandemia do novo coronavírus tem sido um período de produção intensa para Andro Baudelaire. O cantor e compositor paraense viu na música uma maneira de transbordar sentimentos e ocupar a mente em meio às incertezas no setor cultural.

Há pouco mais de uma semana, o artista lançou um novo EP, intitulado "Guitarrada Cyberpunk caribenha". Além disso, o músico se divide entre o comando do programa "Em Vitória-régia não se pisa", recém-lançado no Youtube e também a produção de um novo EP, desta vez em parceria com a cantora Malu Guedelha.

A guitarra melódica latina que se soma a elementos eletrônicos nostálgicos e atmosfera cyberpunk é a tônica do novo trabalho de Andro. O artista conta que o processo de produção do novo EP ocorreu totalmente em meio às novas dinâmicas sociais de distanciamento.

"As músicas foram acontecendo. Foi tudo composto durante a quarentena. Não senti dificuldade pra produzir nesse período. Na realidade, a produção desse trabalho me fez conseguir viver esse ano. Se eu não estivesse produzindo esse tempo todo, com certeza estaria me sentindo mal", avalia.

As cinco canções que compõem o "Guitarrada cyberpunk caribenha" - lançado pelo selo Urtiga e produzido no estúdio do músico, o Abbey Monsters - foram concebidas de forma espontânea pelo autor durante as madrugadas de confinamento e marcam uma nova fase na carreira do artista.

A segunda faixa do EP,  "Ed. Margarida (Depois que o covid passar)", também ganhou um videoclipe que pode ser conferido no Youtube. As músicas "Petit Toujours (Guitarrada Cyberpunk)"; "Amnésia da Tristeza"; "Para João Gilberto (E para Você Também)" e "Para Nara Leão (Depois Que o Covid Passar)" também integram o projeto solo.

Durante a produção do recém-lançado EP, Andro também já mantém uma rotina de produção para outro trabalho em parceria com a cantora paraense Malu Guedelha. O trabalho dos artistas paraenses ganhará um novo single no mês que vem, dia 21 de agosto.

"A música foi gravada de forma totalmente remota. Eu mandava a base com o instrumento e ela ouvia de fone e gravava a voz com o celular da mãe dela. Depois eu juntava tudo. São as artimanhas da quarentenas", conclui, em tom descontraído. Pouco depois, em setembro, mas sem data confirmada, o trabalho completo poderá será ouvido nas principais plataformas de streaming.