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Maquiadora Marcela Alencar indica três caracterizações do cinema para assistir

A paraense trabalha com caracterizações no cinema 

Painah Silva
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Na última semana surgiu nas redes sociais uma discussão acerca do filme “A Baleia”, protagonizado pelo ator Brendan Fraser. O longa foi um dos ganhadores do Oscar e levou duas estatuetas, incluindo a de Melhor Ator para Fraser.

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Confira o vídeo do processo de maquiagem e colocação de próteses no ator.

O debate se deu devido a caracterização que o astro precisou fazer para dar a vida ao personagem principal. O americano teve que usar 130 quilos de próteses para interpretar o professor de inglês Charlie, ficou quase irreconhecível e foi acusado de "fat suit". A prática é considerada ofensiva e até gordofóbica.

Marcela Alencar é uma paraense de 24 anos que atualmente mora em São Paulo e trabalha como maquiadora fazendo transformações no cinema. Seu interesse pela maquiagem surgiu na pandemia e atualmente ela concilia o curso de Cinema com os de caracterização para melhorar as habilidades.

Nesta segunda-feira (20), ela veio ao O Liberal indicar três filmes nos quais é possível assistir caracterizações que foram um marco durante a história da maquiagem no cinema.

O primeiro longa é “O Homem Elefante”, de David Lynch, lançado em 1980 e disponível no Prime Video. “Poucas pessoas conhecem esse filme, mas acredito que ele mereça estar em primeiro nesta lista. Isso porque a categoria de premiação de Melhor Maquiagem no Oscar foi criada um ano depois do seu lançamento, que só aconteceu graças às reclamações para a Academia de que este filme merecia ser honrado de alguma forma pela qualidade da caracterização, principalmente se tratando de uma obra oitentista. A história do filme foi inspirada na vida de John Merrick, um rapaz que sofria da síndrome de Proteus, uma doença muito rara que causa tumores subcutâneos e o crescimento exagerado da pele. Por isso, seu rosto e corpo estavam totalmente deformados. Tragicamente, Merrick passou a trabalhar como atração de um “Show de Horrores”, conta a profissional.

A segunda indicação é “O Exorcista”, de William Friedkin, lançado em 1973 e também disponível no Prime Video. “Eu simplesmente precisava citar aqui, pois sei que muitas pessoas até hoje se espantam com a caracterização da personagem Regan. E se é assustador ainda hoje, considere que se trata de uma obra de 1973 e que a maquiagem definitivamente estava muito acima da qualidade de outras obras da época. Pessoalmente, esse filme é muito especial para mim, visto que, quando eu era mais nova, a personagem foi a protagonista dos meus piores pesadelos. Felizmente, consegui superar meu medo do rosto desfigurado da garotinha assistindo o making off da caracterização, e foi neste momento que me apaixonei por filmes de terror e maquiagens assustadoras”, afirma.

O terceiro filme que Marcela indica é “O Labirinto do Fauno”, de Guillermo del Toro, lançado em 2006 e disponível no Disney Plus. “No quesito de caracterização em filmes de fantasia, o ‘Labirinto do Fauno’ precisa ser lembrado pela criação e execução com maestria na construção de seus personagens. Tanto o personagem Fauno, que dá nome à obra, quanto o Homem Pálido são a representação visual da ideia do “fantástico”, que assusta e encanta, como se tivessem sido trazidos diretamente dos nossos sonhos (ou pesadelos)”, conclui a maquiadora.

(*Estagiária Painah Silva, sob supervisão do Coordenador de Conteúdo de Cultura, Abílio Dantas)

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