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Livro 'As mortes de quem vive' explora a tensão entre liberdade e destino

A obra, que marca a estreia literária de Thiago Tourinho, revela o fardo invisível das escolhas herdadas

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Como somos moldados pelo que herdamos e como escolhas feitas antes de nascermos, muitas vezes de forma inconsciente, tornam-se forças capazes de nos conduzir de volta aos mesmos caminhos de nossos antepassados. É esse o eixo de As mortes de quem vive, romance de estreia de Thiago Tourinho, publicado pela Editora Reformatório.

A narrativa acompanha a família Sadovita, para quem nascer com olhos azuis é carregar a condenação da tristeza. Lúcia, a protagonista, cresce entre o silêncio do pai, a fragilidade da mãe e uma infância marcada por uma sombra que não se deixa esconder. O fado herdado se transforma em tatuagem invisível, acompanhando-a enquanto busca um espaço entre destino e liberdade, destaca a assessoria.

Tourinho parte de fragmentos de observações cotidianas sobre as histórias e as escolhas de pessoas no seu entorno. Seus personagens oscilam entre condenados a uma vida já escrita e o desejo de protagonizar suas histórias. “Quanto temos, de fato, de livre-arbítrio?”, provoca o autor.

O romance expõe a complexidade das relações humanas, onde aqueles que mais amam também podem se tornar algozes, e lembra que o mal não é distante ou abstrato: ele habita a intimidade cotidiana.

As mortes de quem vive se constrói numa linguagem sensível, que alterna lirismo e realismo, poesia e concretude. Tourinho escreve com musicalidade e imagens que revelam personagens intensamente humanos que se entrelaçam, amam e ferem, sempre em busca de libertação e sentido. “A gente vive enquanto tiver encanto”, afirma o autor.

O autor

Thiago Tourinho nasceu em Salvador, Bahia, em 1982. Formado em Administração pela Universidade Federal da Bahia e mestre em Negócios pela Stanford University, na Califórnia, construiu carreira no mundo empresarial. Mas desde cedo foi atravessado pela literatura. Agora, estreia na ficção literária com uma narrativa sobre o peso das heranças invisíveis e a difícil arte de quebrar ciclos silenciosos.

A obra teve como editor Marcelo Nocelli; revisão de Natália Souza e Elen Juanini e ilustração de capa de Veridiana Scarpelli. A capa é assinada por Fernanda Ficher e o design, editoração eletrônica são de Karina Tenório, informa a assessoria.

A editora Reformatório Uma das poucas editoras voltadas exclusivamente para a literatura brasileira contemporânea, a Reformatório surgiu em 2013. Em 2015 lançou o selo Pasavento, para publicações de livros de não-ficção. São 300 livros publicados, de 222 autores diferentes. A editora conquistou dois Prêmio São Paulo de Literatura (2016 e 2018) e três Prêmio da Biblioteca Nacional (2020, 2021 e 2022). Desde 2015, tem um ou mais títulos finalistas nos maiores prêmios da literatura brasileira: São Paulo de Literatura, Biblioteca Nacional, Jabuti e Oceanos.

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