Ismaelino Pinto recebe atriz Edna de Cássia e conversa sobre curiosidades inéditas de ‘Iracema’

A entrevistada é uma paraense que “saiu” de uma vida comum para se tornar a detentora do Troféu Candango em 80

Amanda Martins
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O videocast Mangueirosamente, apresentado pelo jornalista Ismaelino Pinto, tem como foco personalidades da cultura paraense e brasileira. No próximo episódio, que vai ao ar nesta sexta-feira (14), às 14h, no portal O Liberal.com, a entrevistada é a atriz Edna de Cássia, 63, que protagonizou o filme emblemático “Iracema - Uma Transa Amazônica” em 1976. Ele não foi apenas escolhido pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) como um dos cem melhores filmes nacionais, como rendeu à Edna o Troféu Candango do Festival de Cinema de Brasília em 80 como melhor atriz, sem ao menos a paraense se considerar uma profissional da área. 

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Mesmo após o sucesso da produção, Edna ficou mais de duas décadas sem dar entrevistas sobre, evitando, inclusive, a imprensa. No bate papo online, Ismaelino conseguiu fazer com que a paraense pudesse contar a história dela, como foi parar no filme e revelar curiosidades nas gravações do longa. 

Segundo ele, trata-se de uma entrevista histórica onde Edna fala pela primeira vez de fatos que há muito tempo estudiosos da sétima arte gostariam de saber. Além de abrir espaço para a paraense, que hoje vive no distrito de Outeiro (PA), é mãe de dois filhos e avó, possa dizer quais foram os impactos do filme em sua vida. Quando começou a filmar o longa, a costureira tinha apenas 15 anos.

“Iracema, na verdade, é um documentário de ficção e como eu digo, foi premonitório, porque ele fala de prostiuição infantil, meio ambiente, que são assuntos atualíssimos. O filme foi produzido em 1964, foi proibido na censura da Ditadura, e só exibido em 80, mas ele conseguiu nesse período passar no mundo inteiro e foi um sucesso”, declarou Ismaelino sobre a grandiosidade da entrevista. 

Edna de Cássia iniciou a entrevista contando que foi escolhida para interpretar o papel em um programa de auditório da época bastante famoso em Belém. 

“O Orlando Senna conversou comigo, falando que era um projeto bonito, e eu dizendo que não queria fazer filme nenhum, por muita insistência, aceitei. Na minha cabeça nunca passou ser atriz, eu fui por impulso”, declarou.

Dentre as curiosidades da filmagem do filme, Edna revelou que nunca chegou a receber um roteiro de fato, e que gravava apenas na improvisação. Na época, ela também foi detida por ser menor de idade e estar até altas horas na rua quando foram gravadas cenas noturnas.

“Para mim, foi como uma brincadeira, era sério, mas encarei com naturalidade, não tinha texto para decorar. Falavam: ‘Conversem vocês duas aí para saber o que vai acontecer com vocês’”, relembrou sobre uma das cenas onde Iracema aparece em um bordel.

Edna declarou que sempre se sentiu indignada por ter a privacidade invadida pela mídia. Em uma das vezes, a imprensa fez plantão em frente a sua casa para tentar buscar informações.  “Ficou um rótulo para mim: ‘Iracema’. Houve uma invasão de privacidade”, reiterou. 

 

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