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Grupo Palhaços Trovadores encanta público paraense com peça “O Menor Espetáculo da Terra”

Apresentação reúne o melhor da arte da palhaçaria em uma narrativa envolvente e imaginativa

Giullia Moreira | Especial para O Liberal
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Dentro do mundo da cultura, a palhaçaria possui um histórico milenar. No Pará, esta forma singular de arte resiste há décadas, trazendo ao público perspectivas únicas e divertidas sobre a sociedade. Neste fim de semana, o Teatro Experimental Waldemar Henrique recebe o Grupo Palhaços Trovadores e a peça “O Menor Espetáculo da Terra”, que conta a história de cinco palhaços abandonados pelo circo. O evento será neste sábado (24) e domingo (25), nos horários das 20h e 11h respectivamente, e os ingressos serão vendidos presencialmente. 

Segundo Marton Maués, diretor e criador do personagem e palhaço “Tilinho”, conta que a ideia do espetáculo teatral surgiu de uma experiência vivida dentro do Grupo Palhaços Trovadores. “Há alguns anos, eu precisei me ausentar para fazer um estágio de doutorado na Bahia, e meus amigos usaram esse ‘abandono’ como mote e inspiração. O espetáculo foi todo construído a partir da ideia de que os cinco palhaços foram abandonados pelo circo e, assim, eles resolvem criar o próprio circo a partir do sonho de cada um em ser uma grande atração do circuito: trapezista, contorcionista, patinadora de gelo, equilibrista e domador de leões”, explica Marton. 

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Na narrativa da peça, os palhaços são guiados por uma voz onipresente, que funciona como uma espécie de consciência do grupo, e conversa com eles e com o público. O “Menor Espetáculo da Terra” tem a direção geral de Aníbal Pacha, que também é o responsável pela confecção dos bonecos. De acordo com Marton, a produção teatral nasce também da vontade do grupo de pesquisar e compreender a linguagem do boneco, utilizando desse artifício como ferramenta lúdica útil nas montagens. 

image "O Menor Espetáculo da Terra" conta a história de uma trupe que sonha em como seria um circo perfeito (Divulgação)

“Esse espetáculo já faz parte do nosso repertório desde 2010 e chegou a viajar por 10 capitais do Brasil, através do projeto Amazônia das Artes, do Sesc”, comenta Marton. Paralelamente à realização da obra “O Menor Espetáculo da Terra”, nesta última semana também foi apresentado em Belém, pelos Palhaços Trovadores, outro espetáculo intitulado “Musiclown”. A obra busca resgatar músicas populares e elementos dos folguedos. “Essa agenda é muito importante, porque podemos vislumbrar a trajetória do Palhaços Trovadores em uma trajetória de 25 anos, e podemos conversar com o público sobre esse percurso e o nosso processo de criação. São dois trabalhos bem distintos: o ‘Musiclown’ é mais recente e ‘O Menor Espetáculo da Terra' já tem 14 anos de estrada. Assim, eles demonstram bem as nossas escolhas e pesquisas, a nossa poética”, afirma.

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O “Musiclown” e “O Menor Espetáculo da Terra” são produções teatrais premiadas pelo edital de incentivo Tamba-Tajá, da Fundação Cultural do Pará (FCP), voltado para a valorização das artes cênicas. Apenas em 2023, foram 19 propostas beneficiadas pelo edital e, dentro do processo, há a disponibilização do Teatro Experimental Waldemar Henrique como palco de exposição destes trabalhos inscritos. Para Marton Maués, este espaço é crucial para a cidade de Belém e foi lá que ele iniciou a carreira, há mais de 40 anos. O artista acredita que a possibilidade de experimentação das linguagens teatrais no local proporcionam um contato mais próximo com o público e é um lugar que merece mais investimento. 

“Tenho certeza que o público que for conferir nossa mostra vai se emocionar e se divertir muito, pois nós estamos cumprindo uma missão artística fundamental. Acho que além de termos introduzido a linguagem do palhaço no teatro de Belém, por sermos o grupo mais antigo da cidade, também incentivamos a formação e criação de novos artistas e grupos. Para além da criação de espetáculos, o desenvolvimento de uma poética que valoriza a cultura popular pulsa em nós como objetivo principal. Por isso, costumamos levar esse trabalho a pequenas cidades, comunidades e bairros periféricos. Nossa proposta é e sempre foi democratizar o acesso à arte e chegar onde ela, sozinha, infelizmente não consegue chegar”, conclui. 

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