Finalista Ivan Duarte fala sobre carreira e fotos escolhidas para concorrer ao Prêmio Ary Souza

Transmitir esperança e fé através das lentes foi os principais objetivos do fotojornalista Ivan Duarte, nas fotos escolhidas por ele para concorrer ao Prêmio Ary Souza de Fotojornalismo. Vale ressaltar que as fotos do Ivan, assim como de todos os finalistas, estão disponíveis para os usuários no site do portal Oliberal.com e podem ser votadas para o prêmio até o dia 31 de agosto.  Ivan começou no Grupo Liberal há onze anos como motorista de reportagem e hoje é um dos finalistas do concurso que homenageia o ícone do fotojornalismo paraense, Ary Souza.

“Entrei na empresa em 2010 como motorista, mas nesse período eu já havia começado a me identificar com a fotografia, com as saídas que eu tinha no dia a dia, com as pautas factuais. E aquela paixão foi aumentando, a cada dia que eu trabalhava ainda como motorista, era um novo aprendizado para mim. Então decidi correr atrás, estudar, observar mais o jornal, analisar como meus colegas planejavam as imagens”, explicou.

O fotojornalista relata que com o tempo decidiu investir naquela paixão. “Comprei uma máquina fotográfica para mim e comecei a fazer fotos pela rua. Lembro que minha primeira foto no jornal foi de um acidente onde o motoqueiro colidiu com uma senhora que estava atravessando fora da faixa, então esse foi meu ponta pé inicial nesse mundo da fotografia. Em seguida, fiz vários cursos, foi quando o Grupo me deu a oportunidade de trabalhar profissionalmente com o fotojornalismo. O Ary foi um mestre para mim, aprendi muita coisa com ele, o ritmo dele sempre acelerado sem ficar parado esperando as coisas acontecerem. Então hoje a fotografia representa muito pra mim, pois foi muita luta para chegar até aqui e me sinto honrado em fazer parte dessa empresa”.

A primeira foto escolhida por Ivan para concorrer ao prêmio remete á fé. “Havia um massagista da Tuna que tocava piano para os jogadores com músicas de louvor. Foi uma foto produzida com o intuito de mostrar que aquilo não era apenas futebol, era fé, era uma força maior que os motivava. Ou seja, eles usavam do local de trabalho, muitas vezes até de pressão, para buscar a Deus. Foi uma foto que me tocou muito”, confessou.

Já a segunda imagem, segundo Ivan “foi sobre a vacinação, quando visitei uma igreja e encontrei uma moça que estava muito esperançosa após tomar a primeira dose. Então me deparei com aquele olhar feliz e emocionado, que também me remeteu a fé. Ou seja, mesmo que de formas diferentes, as duas imagens são traduzidas em esperança, principalmente em dias melhores", finalizou.