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Exposição ‘Studio Som Jolie- Replay’, de Carol Abreu, traz memória e música à Casa das Artes

A memória musical e afetiva de Carol Abreu guia o visitante na exposição que abre temporada na Galeria Ruy Meira

O Liberal
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Com o olhar voltado para uma vida de afeto e música proporcionada pela convivência com seu pai, a artista visual paraense Carol Abreu é a autora da exposição interativa “Studio Som Jolie – Replay”, que abre ao público nesta quinta-feira (10), às 19h, na Galeria Ruy Meira, na Casa das Artes (rua Dom Alberto Gaudêncio Ramos, 236, bairro de Nazaré), espaço da Fundação Cultural do Pará (FCP). O período de visitação é de hoje a 28 de setembro. O projeto foi um dos selecionados pelo Prêmio Branco de Melo, promovido pela FCP, e o segundo a ser exposto na Casa das Artes em 2023. A curadoria é da professora, pesquisadora e atriz Wlad Lima.

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As visitações são abertas ao pública e de forma gratuita, podem ocorrer das 14h às 18h, no Museu de Artes Brasil-Estados Unidos do CCBEU

De característica híbrida, misturando linguagens, a exposição “Studio” é um espaço interativo de sons recriado por Carol a partir da sala de música de seu pai, Aldemário Abreu, falecido em 2020. A ideia nasceu a partir do entendimento do lugar enquanto um ponto de revisitação e memória. “Meu pai, como um grande amante da música, tinha um estúdio de gravações e uma coleção de CD’s, fitas K7, LP’s e todas as mídias possíveis relacionadas à música. E eu estive imersa nisso durante toda a minha vida”, explica artista.

A partir da vivência intensa com a música e com a influência paterna, a proposta de Carol Abreu é manter viva a coleção do pai, que reúne aproximadamente 5 mil exemplares de áudio de diversos formatos, além de fotos e lembranças que compõem o “Studio Som Jolie”. O nome da sala de música, de acordo com Carol, vem da canção francesa Les Marionetes, de Chistophe, pela qual seu pai era apaixonado.

Memória

 Após o falecimento do pai, Aldemário Abreu, Carol voltou-se para o “Studio”, com novos olhares, ideias e muitas lembranças. “Pontualmente, os domingos foram os dias que eu escavava o estúdio e me dedicava ao encontro com o passado por meio de fotografias, sentimentos e músicas. Com o passar do tempo, passei a publicar essas memórias em redes sociais, e assim, no decorrer dos dias, me permiti criar, editar, montar e reformular imagens e sons do ambiente”, destaca.

Arte e vida se misturam completamente na concepção da obra. A exposição é uma forma de a artista refazer o ritual de seu pai e de amigos ao fazer circular acervos de discos de vinil que já pertenceram a outras pessoas, e agora estão no “Studio”. Assim, o trabalho, para Carol Abreu, é uma forma de tornar coletivas as recordações individuais e de envolver o público em um universo de paixão pela música e por suas diversas formas de interações com as pessoas; não apenas pelo som, mas também pelas capas e lembranças que cada álbum provoca.

“É algo que me move, que pulsa, que toca meu coração. As vozes também me interessam, pois são memórias afetivas singulares. Eu sugiro que as pessoas venham de coração aberto para compartilhar suas memórias”, disse a artista.

Carol Abreu tem formação em Artes Visuais. Atualmente, é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Pará (UFPA). Desde 2009, atua como técnica de cultura no Sesc Pará, no Centro Cultural, juntamente com artistas do audiovisual. Como propositora nas Artes Visuais, iniciou a produção artística em 2020.

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