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Exposição ‘Belém da Belle Époque’ abre em Belém com 25 casarões históricos redesenhados

Casa Fauno recebe a mostra do arquiteto, poeta e artista visual Jeová Barros, com visitação gratuita até 25 de novembro

Amanda Martins
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A exposição Belém da Belle Époque” será inaugurada na próxima quinta-feira (25), às 20h, na Casa Fauno, localizado no bairro do Reduto, apresentando 25 casarões históricos do passado urbano da capital paraense, redesenhados em uma pesquisa realizada pelo arquiteto, artista visual, poeta e escritor Jeová Barros. A visitação será gratuita, de quinta a domingo, das 19h às 00h, e segue até 25 de novembro.

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Segundo Jeová, a abertura contará com uma roda de conversa sobre a pesquisa, o processo de redesenho e as técnicas empregadas, com espaço para perguntas e respostas. “No encerramento esse bate-papo também vai acontecer”, explicou o artista.

A proposta da exposição busca preservar a memória e a história da arquitetura, elementos que, segundo Jeová, estão interligados e contribuem para a identidade das pessoas de determinada região. “Essa exposição representa um ‘inventário-obituário’ para que os visitantes conhecem, através da reconstituição gráfica de fachadas adulteradas, abandonadas e algumas demolidas, para não perdermos as conexões com o passado”, afirmou. 

Durante a visita, será possível ouvir ecos dos casarões que integram o livro do artista ‘Casas Exumadas’ - lançado em 2019 pela Editora Folheando- reconstruídos a partir de fotografias e fragmentos de elementos arquitetônicos. O artista utilizou lupas convencionais e eletrônicas para criar os primeiros desenhos em grafite sobre papel manteiga, posteriormente tratados digitalmente.

Jeová detalhou que a pesquisa original abrangeu 50 imóveis que sofreram intervenções drásticas, incluindo demolições e adaptações. “Dos 50 imóveis redesenhados, 25 fazem parte desta exposição”, disse. 

Os trabalhos estarão apresentados em formato 30x40, impressos via jato de tinta sobre suporte vinílico, moldurados e com QR code. A mostra também inclui 12 poemas sobre a cidade do passado, uma maquete do prédio da Bolsa de Valores e um pôster com estampas dos 25 imóveis.

Ele também ressaltou a importância de políticas públicas para preservação do patrimônio. “Existem várias frentes de apelo pela preservação, conservação e restauro de bens arquitetônicos em nossa cidade, mas ainda faltam políticas públicas com maiores dimensões, tanto na educação patrimonial quanto no incentivo fiscal e fomento”, afirmou.

O pesquisador explicou que a exposição é também uma oportunidade de tornar pública a pesquisa acadêmica realizada durante seu mestrado em Arquitetura pela Universidade Federal do Pará (UFPA), orientada pela professora Dra. Celma Chaves Vidal. 

Segundo o artista, a curadoria do Professor Dr. Paulo Nunes contribuiu para transformar o resultado da pesquisa em exposição. “São dois momentos diferentes, dois olhares distintos aos quais o resultado foi submetido. Isso chega a ser uma prova de fogo e eu gosto desses desafios: exigir qualidade na pesquisa ao extremo”, disse Jeová.

O artista enfatizou que a iniciativa se soma a esforços de profissionais, sociedade civil e autoridades para preservar a fisionomia histórica de Belém. “A vontade de tornar público, de mostrar que Belém pode recuperar o que ainda resta de patrimônio histórico, é o que motiva esta exposição”, concluiu.

Serviço:

Exposição ‘Belém da Belle Époque’

  • Local: Casa Fauno; 
  • Data de abertura: quinta-feira, 25 de setembro;
  • Horário:  às 20h; 
  • Visitação: De quinta a domingo, das 19h às 00h, até dia 25 de novembro;
  • Entrada gratuita.
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