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Estudantes universitários que atuaram na COP 30 denunciam calote

Grupo de 40 alunos esperam receber pagamento a cargo de um instituto, quase um mês depois de realização do evento internacional em Belém

O Liberal
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Um grupo de 40 estudantes universitários cobra o Instituto Cultural Arto pelo pagamento de serviços prestados na Freezone, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30). Os trabalhos foram realizados de 10 a 21 de novembro em Belém, e os alunos aguardam a quitação de débito, que tem sido adiada pelo dirigente do instituto. A expectativa inicial era que os valores fossem pagos até este domingo (21).

Uma estudante já denunciou o caso ao Ministério do Trabalho e Emprego. A jovem, aluna de Pedagogia da Universidade Federal do Pará (UFPA), de 19 anos, manifesta indignação com a situação. Ela relatou ter sido convocada para a Freezone por uma amiga do curso de Turismo.

A maioria dos universitários da UFPA que atuaram no local foram chamados pela Faculdade de Turismo, sendo contratados pelo Instituto Cultural Artô. O responsável pelo instituto é Giovanni Ribeiro Dias. A estudante informou que o combinado era o pagamento diário, tanto de passagens quanto do serviço.

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Atrasos e denúncias

A estudante afirmou que o que foi acordado não foi cumprido. Segundo ela, apenas 12 dos cerca de 50 estudantes envolvidos receberam seus valores até o momento. Esses pagamentos ocorreram porque os universitários "estavam ameaçando ir na Justiça buscar seus direitos".

Isso deixou 40 alunos ainda sem receber. Os serviços prestados incluíam recepcionista e coordenação, entre outros. Desde o final do trabalho, em 21 de novembro, Giovanni Ribeiro Dias tem dado desculpas, como problemas bancários ou internação hospitalar, para adiar a quitação.

Impacto na vida acadêmica

A falta de pagamento tem causado problemas financeiros aos estudantes. Uma amiga da denunciante, que também trabalhou no evento, não conseguiu quitar uma fatura e está endividada devido aos juros. Os alunos tentam contatar o dirigente do instituto, mas ele não atende às chamadas.

Há uma nova promessa de quitação para o próximo domingo, 21 de dezembro. Uma professora de Turismo contatou Giovanni, que garantiu realizar todos os pagamentos até essa data. A estudante espera receber R$ 1.400,00 pelo serviço e mais R$ 134,40 de transporte.

Ela relata sentir-se "muito humilhada" pela situação. A aluna destaca a dedicação ao trabalho, inclusive gastando com Uber para chegar no horário e enfrentando agressões verbais do público. Ela espera que ninguém mais passe por tal frustração após se esforçar para um evento grande.

Denúncia formal e busca por resposta

Outra estudante ingressou com denúncia ao Ministério do Trabalho e Emprego em 9 de dezembro de 2025. No documento, ela detalha sua função como recepcionista da Freezone, com diária de R$ 109,60 (R$ 100 de diária e R$ 9,60 de passagem) a partir de 8 de novembro. A denunciante confirmou que, dos recepcionistas, apenas 10 foram pagos, restando cerca de 40 pessoas.

O responsável pelo Instituto Cultural Arto, segundo a denunciante, "apenas dá respostas vagas sobre o pagamento e some por dias". A Reportagem do Grupo Liberal buscou o posicionamento do Instituto Cultural Arto, mas não obteve retorno. O espaço permanece aberto para manifestação do instituto.

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