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Espetáculo “Das águas rio” leva arte para as ruas de Belém

O espetáculo tem a performance de Lú Maués, sonoridade de Giselle Griz e direção de Vandeiléia Foro e é promovido pela Residência Ateliê Olaria Mundiar

Thainá Dias

O espetáculo “Das águas rio” pode ser resumido em um encontro sonoro, corporal e espiritual através da experimentação cênica nos quintais. Será apresentado nesta sexta-feira (24) na Marambaia, dia 01 de julho no Barreiro e dia 08 de julho na Cidade Velha, em Belém. Sempre a partir das 20h, o espetáculo tem a performance de Lú Maués, sonoridade de Giselle Griz e direção de Vandeiléia Foro e é promovido pela Residência Ateliê Olaria Mundiar.

Segundo Lú Maués, “o espetáculo surgiu da vontade que eu tinha de falar da minha relação com as águas. Entendo a importância das águas Amazônicas na minha existência, tenho memórias afetivas no rio Bacuri, em Abaetetuba, lugar onde meu pai nasceu e passava as férias na infância, foi lá que aprendi a nadar e entender essa relação. De lá pra cá a vivência com nossas águas, de igarapés, rios e praias só aumentou. Mas a experimentação cênica do espetáculo conta muito mais, das nossas chuvas, do corpo feminino e seus líquidos produzidos durante toda a vida. Em um delicioso encontro com a amiga Vandiléia Foro, atriz, Performer e diretora as ideias foram se solidificando e começamos essa concepção”, explicou.

A atriz destaca ainda que “o público pode esperar muitas emoções, um encontro com o imaginário popular, através das narrativas abordamos no trabalho e das imagens corporais que se desenham como uma dança das marés. Também temos a musicista Giselle Griz que leva à cena experimentos percussivos que se conectam com esta dança. A importância deste trabalho para a cultura paraense é poder exercitar o nosso falar, proporcionar uma poética que alcance o público, que encharque as memórias afetivas e acione a consciência vindoura, pois tratamos do elemento água num entendimento da ancestralidade Amazônica. Os artistas paraenses devem e podem falar da nossa cultura com extrema responsabilidade e carinho”.

“A arte inunda, leva e eleva pensares, fomenta paixões, alimenta ideias, tem o papel fundamental de contar nossas histórias e a responsabilidade na sociedade de proporcionar a mobilidade do espírito”, concluiu a atriz e performer do espetáculo.

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