Em Memorial na ETDUFPA, Marton Maués, atores e plateia prestam homenagem a Cláudio Barradas
Cláudio Barradas morreu nesta segunda (30), aos 95 anos, e deixa um legado para a cultura amazônida Ele foi saudado com aplausos no teatro que leva o seu nome, em Belém

Durante a apresentação de Memorial sobre a arte de representar e de sua carreira nas artes cênicas diante da uma banca examinadora para se tornar professor titular da Universidade Federal do Pará (UFPA), nesta segunda-feira (30), o ator e jornalista Marton Maués foi acompanhado por profissionais de teatro em uma homenagem a Cláudio Barradas, ícone das artes cênicas na Amazônia, que faleceu hoje (30), aos 95 anos de idade. "Evoé, Cláudio Barradas!", enfatizou Marton Maués, no que foi acompanhado por aplausos da plateia, formada por atores, diretores, jornalistas e outros profissionais.
Sobre o fato de estar defendendo o trabalho no Teatro Universitário Cláudio Barradas, na sede da ETDUFPA, a qual Barradas ajudou a criar, no dia em que ele morreu,
Marton Maués destacou: "Existe coincidência? Dizem que não, né? Então, eu recebo esse fato como uma espécie de gratidão, por todo o legado, ensinamento que eu tive com o Cláudio. Foi meu primeiro mestre. Eu sinto a tristeza, é óbvio, por perder uma pessoa tão querida, mas também, é uma alegria estar passando por esse ritual na Escola que era dele também. É um sentimento de grande gratidão por tudo o que ele representa", disse Marton.
No Memorial, Marton ingressou no palco carregando uma mala, da qual, em sequência, retira itens para se transformar em um palhaço, ressaltando a arte da palhaçaria, contexto em que se insere o grupo do qual faz parte, o Palhaços Trovadores. Ao final, outros atores, vestidos e palhaços, ingressam no tablado, distribuem flores à plateia e se juntam a Marton Maués, marcando o final do trabalho.
Luz
Para a professsora da ETDUFPA, Inês Ribeiro, coordenadora do Auto do Círio, "Cláudio Barradas é uma luz na Amazônia para a arte teatral". "Ele, desde a sua infância, dentro da Igreja, na filosofia de Dom Bosco, começou a fazer teatro e trouxe isso para a vida, para as nossas vidas, da Cidade de Belém. Essa formação sensível para a religião, por meio do teatro, é a grande luz dele nesta cidade. Então, ele não morre, ele está vivo para sempre, porque nós temos o curso de formação de ator, a ETDUFPA com vários cursos, um teatro-escola. Então, ele não morre. Ele merece aplausos!", enfatizou.
A atriz e diretora teatral Wlad Lima disse que o falecimento de Cláudio Barradas significa um fechamento de ciclo e que o dia de hoje (30) é muito especial, considerando "a partida dele", em forma de gratidão a Cláudio, e pelo fato de pessoas de teatro estarem reunidos no próprio Teatro Cláudio Barradas.
O velório de Cláudio Barradas transcorre na Catedral Metropolitana de Belém, no bairro da Cidade Velha.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA