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DJ Cayan comenta sobre sua trajetória na cena musical paraense

Suany e Viviane Batidão são algumas das artistas paraenses que já gravaram com o DJ

Gustavo Vilhena*
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Aos 30 anos, Cayan Ribeiro é o primeiro artista da família e já acumula 15 anos de carreira na cena musical paraense. Apaixonado por música desde a infância, ele detalhou sua trajetória, falou sobre sua relação com o público e outros artistas e revelou seus próximos projetos. Em agosto, o DJ se apresentará no festival Entrelaçados, que terá Simone Mendes, a banda Seu Desejo e Limão com Mel, no Mangueirão.

Da paixão infantil à descoberta do palco

A paixão de Cayan pela música começou na infância, quando acompanhava as quadrilhas juninas que tomavam conta dos bairros de Belém. “Sempre fui apaixonado pela música, eu ia para aquelas festas juninas que tinham na rua, que era liberado para quem era menor. Eu ia e ficava apaixonado por aquele som. Quando foi depois, chegou o tempo do dance, que eram festas antigas e que eram teens também e, como eu dançava, eu colocava as músicas num computador pequeno e ia trocando. Eu tinha 14 anos e já sonhava em ser DJ”, contou.

Sua carreira, no entanto, surgiu quase por acidente. Apesar do sonho, ele não se via como DJ até perceber a reação do público. “Eu não escolhi a música, foi a música que me escolheu. E de uma maneira bem aleatória, porque eu fui tocando e nem percebi que eu estava indo para aquele mundo. Mas quando eu comecei a fazer eventos, festas de 15 anos, aniversários e casamentos, eu realmente me encontrei. Quando eu percebi que o público estava gostando, eu comecei a gostar mais ainda e quis seguir pra chegar ainda mais longe no trabalho", explicou.

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O orgulho de representar o Pará

Primeiro da família a seguir uma carreira artística, Cayan se define como "toca-tudo", mas escolheu se destacar no tecnomelody e no brega para valorizar a cultura local. “Eu sou um DJ que vai para um evento e toca rock doido, toca funk, toco eletrônica, toco tudo o que o público quer. Mas a música paraense, como o melody e o tecnobrega, é uma cultura nossa. Então decidi focar no brega e no tecnobrega justamente para ser reconhecido como paraense. Porque se eu tocar eletrônica, pode ser que fora do estado as pessoas não me reconheçam como paraense e foi a partir dessa minha decisão que comecei a trabalhar com os artistas daqui”, disse.

Ouvindo o público para acertar no repertório

Autodidata, Cayan aprendeu observando outros DJs e ajustando suas seleções conforme a reação do público.  “Ninguém me ensinou a tocar, ninguém disse ‘olha, Cayan, tu toca assim”, nunca. Eu sempre fui de olhar e aprender, só vendo outros DJs mesmo. Eu digo que não sou fanático por outros DJs ou artistas, mas eu sou um admirador do trabalho de cada um. Às vezes, se eu vejo que um DJ coloca uma música que o público reage bem, eu faço uma seleção e já coloca aquela música, porque eu sei que vai dar certo e o público é muito exigente em qualquer lugar. Belém tá acostumada com uma pegada, se eu for em outro lugar e tocar a mesma coisa que eu toco em Belém, o público pode não gostar. Então eu preciso identificar se o público tá gostando pra poder fazer um bom trabalho no palco”, destacou.

Apesar disso, se pudesse escolher um estilo preferido, seria o das músicas marcantes – aquelas que despertam nostalgia. “Eu não sou o tipo de DJ que seleciona uma pasta e decido tocar aquela playlist a noite toda. Deixo as minhas pastas no aleatório e vou tocando. Mas se fosse pra eu escolher, eu tocaria as marcantes. Eu acho que são músicas e letras que envolvem o público. Entendi que as marcantes têm história na vida das pessoas e que elas vão lembrar de algum momento da escola ou de relacionamentos antigos. Eu sei que se eu tocar marcante, não vai ter erro”, afirmou.

15 anos de palco: emoção e parcerias

Com uma carreira consolidada, Cayan diz que o ápice é ver o público se divertindo. “Estar em cima de um palco e fazer a abertura de um show nacional para milhares de pessoas me marcou e ainda me marca demais. Quando eu tô no palco e caio na realidade do que eu tô vivendo, aquilo me marca e fica guardado para mim. É incrível, porque qualquer pessoa que sonha, quer realizar esse sonho. Chegar num palco que vai ter uma atração nacional e eu fazer a minha apresentação com as pessoas mantendo aquela vibração, isso é marcante demais”, celebrou.

Sobre parcerias, ele valoriza a amizade no meio artístico. “Quando tem amizade no meio dos projetos, fica mais natural. Não fica artificial. Eu penso sempre nos amigos que eu tenho, porque eu sei que eu posso contar com eles e eles comigo. Então, no início, eu ligava para eles, dizia o que eu tinha pensado e a gente ia ajustando tudo junto. Quem é meu amigo não dizia ‘não’, teve outros artistas que não toparam, mas tá tudo bem também. O mais incrível de tudo isso é que eu comecei indo atrás deles e agora são eles que me procuram, porque é algo que dá certo para todos nós”. Em agosto, Cayan abre o Entrelaçados, reforçando sua trajetória de sucesso.

(*Gustavo Vilhena, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Abílio Dantas, coordenador do núcleo de Cultura)

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