Disputa entre tribos encerra Festival das Tribos de Juruti neste sábado

Neste ano o Festribal terá o tema 'Resistência indígena no coração do Brasil'

Vito Gemaque
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Uma disputa entre duas tribos com aproximadamente 800 participantes mobiliza todos os anos o município de Juruti, no Pará. Com apresentações de três horas com muitas luzes e cores, o Festival das Tribos de Juruti chega à 25a edição neste final de semana.

Os grupos divididos entre os Muduruku e os Muirapinima apresentam neste sábado, dia 27, alegorias, fantasias, músicas, coreografias e encenações de rituais indígenas. A expectativa é que o festival reúna aproximadamente 20 mil pessoas no município do oeste paraense.

Neste ano o Festribal terá o tema “Resistência indígena no coração do Brasil”. Os Mundurukus apresentarão “Brasil não silenciarás o teu canto ancestral” e os Muirapinimas “Legado indígena”. O festival ainda terá apresentações de DJ’s, shows de bandas regionais como Banda 007 e apresentação dos grupos mirins.

De acordo com a secretária municipal de cultura, desporto e turismo de Juruti, Ariadne Lima, o festival atrai muitos visitantes e movimenta a economia local. “Neste mês de julho os comerciantes se preparam, os produtores rurais produzem mais para vender neste período, porque abastecem nas redes de supermercado, começando pela alimentação, artesanato, vestuário, acessórios indígenas, e a rede de serviços. Criamos uma rede de serviços no entorno da festa. Este ano vamos ter duas pesquisas do impacto econômico, para saber o quanto o festival incrementa nas receitas municipais e comércio local, em parceria com o Sebrae”, explicou.

image O Festribal chega a 25a edição em 2019 (Fábio Merátnas/ Divulgação)

Os jurados de fora da região norte avaliam as tribos em 16 quesitos entre eles porta-estandarte, índia guerreira, guardião tribal, galera, harmonia e evolução, canto indígena, originalidade, letra e música. A festa surgiu a partir de um festival folclórico no mês de julho de 1993 com a apresentação de danças da região, bois e cordões de pássaros.

A tribo dos Munduruku foi a primeira a apresentar a dança do fogo, e dois anos depois surgiu a Muirapinima. Nos anos seguintes os dois grupos começaram a competir entre si e não mais com os outros grupos de danças folclóricas, o que gerou depois o Festribal.

Segundo a assistente da Muirapinima, Sandra Pereira, todos estão preparados para o grande dia. “Está preparado e organizado. Estamos prontos para entrar na arena no sábado. Estamos trabalhando desde dezembro do ano passado. Já são em torno de oito meses. Temos envolvidos no projeto em torno de 800 pessoas, entre trabalhadores e brincantes”, afirmou. A proposta é chamar a atenção do Brasil como um todo neste tema.

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