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Dinheiro de 80 anos pode valer até R$ 13 mil; entenda

Colecionadores contam que deixaram de comer e até arrumaram confusão em casa para manter e aumentar suas coleções

Hannah Franco
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A busca por moedas e cédulas raras, seja para estudar ou colecionar, vem ganhando muitos adeptos ao redor do mundo. Esse colecionismo, chamado de numismática, também chama atenção pelo seus valores. Algumas moedas antigas são vendidas por preços bem acima do valor original, dependendo de sua raridade.

Alfredo Brandão, aposentado de 68 anos, herdou de seu pai uma coleção de cédulas antigas, despertando um novo hobby. O idoso guarda itens desde o Cruzeiro, que circulava em 1942, até os dias atuais. Mesmo assim, Alfredo ainda precisa de oito cédulas para completar sua coleção.  "A mais barata custa R$ 13 mil, mas acho que vai ficar para algum herdeiro meu completar", disse.

image Em 1942, para fazer a implementação do Cruzeiro, cédulas de Réis foram aproveitadas, com apoisção de carimbo de Cruzeiro. (Foto: Arquivo Pessoal)

Atualmente, o aposentado estima que seu acervo seja avaliado no valor mínimo de R$ 20 mil. "É como um vício, que é bom quando você tem condições financeiras de usufruir disso", alertou. No entento, é preciso entender que nem toda moeda antiga tem alto valor financeiro, já que existem diversos aspectos que podem influenciar no preço, principalmente se houver um defeito no item.

"Em 2012, por exemplo, o Banco Central emitiu moedas de 50 centavos sem o 0. Foi um erro. Na época, pediram que os brasileiros devolvessem a moeda, mas quem guardou está bem, porque hoje está valendo mais de mil reais", detalha. Por isso, Alfredo destaca a importância de ficar atento aos detalhes do dinheiro que passa pelas nossas mãos. "Toda cédula ou moeda que eu pego eu analiso para ver se não é rara. Quem não sabe disso, acaba passando um dinheiro muito mais valioso do que parece", conclui.

image Moeda rara de 50 centavos com erro vale mais de mil reais entre os colecionadores. (Foto: Arquivo Pessoal)

 

 

Já para Luiz Seleguini, de 61 anos, a paixão pelo colecionismo impactou sua vida desde muito jovem. "Quando tinha uns sete para oito anos, eu ficava sem lanche na escola porque eu usava meu dinheiro para comprar o dinheiro dos meus colegas. Troquei muito lanche por moedas antigas, viu?", conta.

Quando criança, Luiz trabalhava como engraxate e sempre ficava de olho nas cédulas que eram trocadas. "Eu vi meu pai pegando uma nota novinha de 100 Cruzeiros e gastando em uma vendinha. Eu fiquei com aquela nota na cabeça. Daí eu peguei meu dinheiro, disse para minha mãe que eu compraria doce, e comprei aquela cédula na vendinha. Minha mãe acabou descobrindo e ficou brava. Eu tenho essa cédula até hoje." 

O acervo começou com uma cédula de Guarani, dinheiro do Paraguai, que pertencia a seu avô. Hoje em dia, Luiz tem uma coleção que, segundo ele, não vale menos de R$ 100 mil. 

image O colecionador guarda, em perfeito estado, a nota que comprou ainda quando criança. (Foto: Arquivo Pessoal)

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Como vender moedas e cédulas antigas?

O primeiro passo para vender um item antigo, seja qual for, é realizar uma avaliação. No caso de cédulas e moedas, recomenda-se buscar uma loja especializada ou casas de leilão numismática. Alguns leilões online possibilitam o cadastro da moeda para avaliar, e em pouco tempo eles enviam o resultado com seu valor e, se o dono quiser, será colocada à venda.

No site da Sociedade Numismática Brasileira é possível encontrar compradores, tanto lojas especializadas quanto colecionadores, que tenham interesse em completar suas coleções.

Existem também eventos de compra e venda que são realizados no Brasil todo. O site Numismáticos disponibiliza um calendário de encontros já agendados entre os colecionadores, com as informações necessárias.

Outra opção é recorrer aos sites de compra e venda online já conhecidos, como Mercado Livre, Ebay, Enjoei e OLX. Porém, nessas plataformas, é importante ficar atento na hora de fazer a negociação.

(*Estagiária Hannah Franco, sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de Oliberal.com)

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