Colecionador de videogames fala sobre paixão e evolução dos consoles

E para os amantes dos games: Exposição “Museu do Videogame” com entrada gratuita ficará aberta até o dia 06 de novembro no Shopping Metrópole

Thainá Dias

Continua no Shopping Metrópole Ananindeua a exposição “Museu do Videogame”. A mostra recebe cerca de cinco milhões de visitantes ao ano e já passou por 18 estados brasileiros, é o primeiro do gênero do país registrado pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus). A exposição totalmente interativa resgata mais de quatro décadas de história da evolução dos videogames. E o Felipe Pereira, fã apaixonado do mundo dos games, fala sobre essa paixão e a evolução dos tipos de jogos.

Segundo Felipe, “a minha relação com os games antigos é bem nostálgica. Eu vou fazer trinta e um anos e eu jogo desde os seis anos de idade. Então fazer essa relação do que era no passado para os dias atuais é bem vasto. Eu vejo que tem coisas que, com certeza, eram piores, no ponto de vista de tecnologia, de experiência de usuário em relação aos joguinhos atuais, né? Então, não tem como dizer que era tudo melhor. Porém, eu consigo visualizar dos jogos antigos que a gente às vezes conseguia algo superior, com menos recursos, tanto da parte artística quanto de engenharia. A verdade é que existe um mercado consumidor de videogames gigantesco, e que precisa ir se moldando com o passar do tempo para atender as demandas presentes. Se pararmos para pensar, inclusive, hoje em dia, muitos jogos são releituras do passado, ideias repetidas. A minha porta de entrada no mundo dos games foi o nitendo. Eram aqueles jogos feitos para durar bastante que te prendiam naquela atmosfera mas de forma natural, com textos e gráficos rudimentares mas ainda assim, prendiam a atenção. Era isso que eu mais admirava. Por isso existe esse grande movimento de resgate agora, dessa cultura do passado”, afirmou.

Felipe destaca que um dos seus jogos favoritos é o ‘Super Metroi’. “Ele foi um divisor de águas para a indústria, porque através do gráfico dos ‘D’ ali, vamos dizer, era só o bonequinho na tela, vamos dizer assim de lado pulando, né? Eu só ando no eixo X ou no eixo Y, não tenho profundidade nem nada, ele conseguia passar para a gente a sensação de perigo e isolamento. A música era muito envolvente. Mas o destaque está na simplicidade daquele momento de entretenimento. Eu queria ressaltar que eu não disse que hoje em dia não existem jogos duráveis, ou seja longos, por exemplo, jogos que chamamos de ‘mundo aberto’ como esses grandes RPG’s são duráveis, você pode jogar durante horas mas na minha opinião, eles fazem isso de forma um tanto artificial. São colocados, micro objetivos dentro do jogo, que chamamos de missão paralela. As vezes ainda há a questão financeira, pessoas que gastam 200 reais por exemplo para jogar. Eu sou um tipo de admirador e jogador mais ligado nas experiências do jogo. As vezes o jogo do passado era menor, mais curto, com um foco menor mas a qualidade era muito boa”, explicou.

Em relação à exposição “Museu do Videogame”, Felipe não esconde o entusiasmo. “Eu acho uma iniciativa incrível. Realmente quem gosta de videogame gosta de ver videogame, né? Gosta de não só consumir, mas gosta de entender, de olhar. Quem começa a apreciar como arte, como um exercício de engenharia e muito mais. Eu sou da área de telecomunicações, então gosto de olhar o hardware, observar o equipamento em funcionamento é uma curiosidade técnica, além de mexer com a nossa memória afetiva”, concluiu.

 
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