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Dia do Cantor Lírico: artistas comentam sobre superações e desafios da profissão

Conheça a histórias de duas mulheres corajosas que decidiram se entregar de ‘corpo e alma’ na profissão, e estão colhendo muitos frutos

Amanda Martins
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O Dia do Cantor Lírico, comemorado neste sábado (22), é uma data dedicada a homenagear os artistas que denominam a arte da música clássica vocal, encantando o mundo com suas vozes poderosas. Ao longo dos anos, muitos foram os paraenses que se destacaram no meio artístico e partiram de suas terras natais para os palcos internacionais, elevando o nome do Estado na música clássica.

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Uma dessas vozes é de Adriane Queiroz. Natural de Belém, ela teve contato pela primeira vez com a música, quando trabalhava como professora infantil em um bairro periférico da capital, fazendo com que os sons se tornassem parte da sua didática. 

Por dez anos continuou exercendo a docência, mas aos poucos foi percebendo o quanto gostava de cantar e decidiu se aperfeiçoar. “Após várias provas da vida e pessoas que me apoiaram, não foi mais possível focar energia nas duas áreas e tive que fazer uma escolha: ou me dedicava e cedia o que aconteceria, ou seria melhor desistir do sonho em viver de canto e ser feliz com o que já tinha”, disse sobre quando teve a grande virada em sua vida. 

Profissionais como o professor e pianista Paulo José Campo de Melo e a professora Malina Mineva tiveram papéis fundamentais para que a paraense conseguisse alcançar o reconhecimento mundial.

De lá para cá, foram 25 anos de trajetória, entre a saída de Belém, ida para Viena, na Áutria, em busca de melhores qualificações e, em seguida,  fixou  residência em Berlim, na capital alemã. Hoje,  Adriane tem um currículo recheado de grandes produções. 

“Cada uma me ensinou algo que me torna o que sou hoje em dia, porém, cantar na Musikverein de Viena a oitava de Mahler, ao lado dos meninos cantores de Viena; papéis como o de Ilara em Lo Schiavo no Municipal do Rio de Janeiro; Verdi e Boito no nosso Da Paz, assim como Filarmônica de Berlim e Paris, me marcaram muito”, relembrou.

Desafios 

O caminho para a profissão, contudo, exige dedicação e muito treinamento. Segundo a cantora lírica Lys Nardoto, um dos grandes desafios enfrentados pela classe é conseguir fazer da voz um instrumento. 

“Doente ou não, sua voz tem que estar pronta para responder às exigências de cada trabalho e à expectativa de todos. E nosso corpo não está igual todos os dias. Por isso, a técnica vocal tem que ser perfeita para te ‘apoiar’ em tudo”, afirmou a artista brasiliense, que reside em Belém e trabalha no Theatro da Paz.

image Cantora lírica Lys Nardoto (Divulgação)

Assim como tantos outros cantores líricos, ela tem uma rotina intensa, dando aulas particulares de canto, inclusive, de outros estilos. Quando é convidada para algum papel, Lys diz fazer parte da profissão se dedicar horas aos estudos.

“Cuidados com a voz que tenho é somente de ‘não gritar, falar de forma errada’ para não arranhar as cordas vocais e ficar rouca. Da mesma forma que alguém guarda com zelo seu instrumento em um keiser para protegê-lo”, explicou. 

Lys ainda teve a sorte de encontrar o amor nos palcos. Ela e Tenor Márcio André Carvalho começaram a se conhecer após uma produção de “Romeu e Julieta”, quatorze anos atrás. Primeiro, veio a amizade, trocas de mensagens, que crescia junto com o afeto de ambos. 

“Bastou uma semana para percebermos que aquela vontade louca de se falar todos os dias era mais que amizade. Então, quando pedi para namorar com ele, a resposta foi: ‘quer casar comigo?’. Em quatro meses,  o casamento e o fruto desse amor veio dobrado… Duas meninas gêmeas que já tem nove anos”, contou a cantora lírica que diz viver um amor puro e verdadeiro digno dos espectáculos.  

image Lys Nardoto ao lado do marido, Tenor Márcio André Carvalho (Divulgação)
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