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Criolo retrata luto e fé em álbum e fala da felicidade de retornar a Belém

O artista é uma das principais atrações do Festival Ambienta

Bruna Lima
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Paulistano de Grajaú, o rapper Criolo é uma das atrações da 2ª edição do Festival Ambienta, que une música, arte e meio ambiente, no próximo dia 15 de outubro, em Belém. A reportagem de O Liberal teve acesso a entrevista exclusiva com um dos mais importantes rappers do país, que falou sobre a carreira e percepção de mundo.

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O artista retorna à capital paraense com o novo trabalho "Sobre Viver", um trabalho, que pode-se dizer, que é filho da pandemia e que trata sobre fé, resiliência e abismo social. Antes disso, o artista estava tendo dificuldade de escrever músicas novas, mas ele diz que a poesia nasce do encontro com a emoção.

Criolo destaca que o processo de produção do novo trabalho foi árduo, pois não se imaginava mais capaz de fazer outro disco, "mas com o tempo as pessoas que me ajudaram a existir contribuíram e ele foi acontecendo", destaca o rapper.

Toda a dificuldade do momento da pandemia reflete na sonoridade do novo álbum. Lembrando que o artista perdeu a irmã, de 38 anos, vítima da covid-19. "Tem muita tristeza, muita indignação de como tudo foi conduzido, o mundo se abriu, mas o coração ainda está em um interminável luto.  As referências são o dia a dia e toda a emoção possível que isso possa apresentar em expansão de possiblidades", considera o artista.

Uma das músicas, "Pequenina", é dedicada à irmã e à mãe. A música fala da troca que uma mãe tem com a filha, pois existem questões que são particulares entre as duas. Inclusive, a mãe do artista participa da faixa com um depoimento.

Além de sentimento e fraternidade, o álbum demarca questões de desigualdade e racismo como na música "Pretos ganhando dinheiro incomodam demais". O disco é uma espécie de terceiro capítulo da trilogia aberta no já clássico “Nó na Orelha” (2011) e seguida no posterior “Convoque Seu Buda” (2014). 

Meu rap vai me levar aos confins do mundo para dizer que só o amor pode te afastar do canhão de um 12, de um tiro, de uma arma, de uma desilusão”, afirma o artista. Na música “Ogum, ogum”, o rapper trata da importância da fé e da importância de perceber que o Brasil tem uma maneira plural de expressar as religiosidades e da necessidade do respeito.

Show em Belém

Sobre o show, Criolo fala o que o público pode esperar, “É gigante desejo de cantar em Belém e vamos apresentar não apenas as canções, mas também nossos corações em cada parte desse encontro. Belém influencia todo o Brasil e agora o mundo por meio da arte e deixa sua marca, seja com os grandes nomes de nossa cultura ou com as sutilezas de como recebe e acolhe a todos", diz o artista.

Além de Criolo, a segunda edição do evento apresenta Marcelo Falcão, e diversas atrações locais, como Strobo, Orquestra Aerofônica, Guitarrada das Manas e Dj Albery.

Festival Ambienta

O cantor Marcelo Falcão volta a Belém para apresentar ao público o projeto autoral lançado em agosto de 2021, "Em Busca da Luz", que começou a rodar o país em abril do ano passado. Com a proposta de trazer a poesia para a tecnologia imersiva, o cantor questiona barreiras e busca justamente a inclusão social.

Com direção criativa de Énoix Collab, direção de arte de Gabriel Tatu Otero e ilustração analógica de Camilla Duarte e Rafo Siqueira, o clipe em formato 360° pode ser experienciado em realidade virtual através do Youtube VR, com óculos VR, e também sem os óculos, com o próprio cursor do seu computador ou celular.

O Ambienta também traz uma série de atividades que envolvem o meio ambiente, como um dia de limpeza na Ilha do Combu e oficinas com uso de latas e material reciclado.

A programação começa no dia 13, com a ação de limpeza com voluntários no Combu; a oficina Elaboração de instrumentos feitos com material reciclado, com o oficineiro Zet; e a oficina Arte na Lata, com o oficineiro Renato Rosas. Também no mesmo dia, o Festival realiza o Fórum Ambienta, com a palestra “O desafio das grandes reportagens na Amazônia”, ministrada pelo jornalista convidado, Chico José.

Na véspera do evento principal, sexta-feira (14), o Teatro Gasômetro é palco de dois shows musicais: Trio Manari e Grupo Experimental de Música (GEM). Materiais reciclados do cotidiano urbano também são base para a construção de seus instrumentos musicais, que compõem sua instalação sonora e integram a performance do grupo.

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