Complexidade de obras de restauro de bens históricos culturais de Belém estende prazos
Prefeitura de Belém está com cinco obras em bens tombados em andamento

As atuais obras do patrimônio histórico e cultural de Belém como os restauros do Palácio Antônio Lemos e do Palacete Pinho são complexas. Segundo a diretora do departamento de patrimônio histórico da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), Márcia Forte, essas e outras obras de restauro do patrimônio belenense precisam ser bem planejadas, e mesmo assim podem ter “surpresas” no momento da execução.
“A obra do Palácio Antônio Lemos está com 60% executada. Ela tem um cronograma que está sendo concluído rigorosamente”, destacou. A expectativa é que o palácio seja entregue até o meio do próximo ano. “Toda obra já tem que contar com algumas surpresas no meio do caminho, a obra de restauro mais ainda, porque é uma mão de obra muito específica. São edifícios seculares, com materiais usados antigamente que hoje em dia não existem mais, tem que ser readequados ao que é existente para não causar nenhum estranhamento entre um e outro”, explica.
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A Prefeitura Municipal de Belém (PMB) tem executado no centro histórico de Belém o restauro do Palácio Antônio Lemos, o Palacete Pinho, a antiga sede da Fumbel, no bairro da Cidade Velha, e a construção do calçadão do Boulevard da Gastronomia, na Boulevard Castilho França, que iniciou recentemente. Outra obra iniciada, porém, distante do centro histórico, é o restauro do Mercado de São Brás.
As obras foram pautadas em reunião entre a Prefeitura e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no final de fevereiro. A gestão municipal ainda tem a intenção da reforma geral do Complexo do Ver-o-Peso, visando à Conferência do Clima da ONU (COP-30). O projeto precisa ser aprovado pelo Iphan. Nas próximas semanas, a Prefeitura de Belém deve anunciar novas obras no centro histórico que estão sendo discutidas em uma ação integrada entre diferentes secretarias municipais.
Outro órgão que atua em ações de conservação e preservação de bens culturais protegidos é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O órgão atua na avaliação, fiscalização e aprovação de projetos de intervenção em bens tombados, ou seja, os projetos precisam estar de acordo com os critérios técnicos de preservação do Patrimônio Cultural.
Em nota, o Iphan informou ainda que o orçamento deste ano destinado às áreas finalísticas é de aproximadamente R$ 100 milhões para todo o Brasil. O repasse para a Superintendência no Pará ainda não foi definido, pois a nova gestão está elaborando um plano de ação que definirá os valores a serem aplicados e direcionados às unidades administrativas do Iphan. “O Iphan-PA continua em permanente diálogo com os detentores de cultura e, neste momento, estão sendo construídos novos planos de ação no contexto de estruturação da nova gestão”, diz a nota.
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