Como Liège, Viviane Batidão e Keila Gentil conciliam a carreira e a maternidade

Entre a intensa agenda de shows, viagens e gravações dentro e fora do Pará, a saudade dos filhos é remediada por chamadas de vídeo

Enize Vidigal
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Mais do que cantoras talentosas, Liège, Keila Gentil e Viviane Batidão também são mães amorosas. E como todas as mães, elas também sofrem com a distância dos filhos imposta pela intensa agenda de shows e turnês fora do Pará. Conciliar a carreira musical com a missão da maternidade é um desafio comum delas com qualquer genitora que trabalha fora de casa. Enquanto Liège conseguiu estabelecer uma relação de admiração e afinidade musical com a filha Lis, de 9 anos, que já sobe aos palcos para cantar com a mãe, Viviane tem que se arrumar escondido do filho Heitor, de dois anos, que chora ao perceber que ela vai sair para os shows. Já, Keila, fez muitas viagens levando a filha Alexa, de 2 anos, enquanto teve que deixar o filho mais velho, Josué, de 9 anos, aos cuidados dos avós no Paraná.

Liège tem compromissos da carreira entre Belém e São Paulo há algum tempo. Ela costuma passar 15 dias na capital paulista a cada um mês e meio. "É muito difícil (lidar com a distância). A primeira grande prova que tivemos foi quando fomos morar quatro meses nos Estados Unidos e a Lis teve que voltar dois meses antes (para Belém) para retomar as aulas na escola. Foi a situação mais difícil que eu já vivenciei como mãe. Foi quando fiquei longe pela primeira vez da minha filha e por tanto tempo", descreve. Quando estão distantes, mãe e filha mantém contato frequente pelas redes sociais.

"A Lis é uma criança incrível, ela sempre amou o que eu faço, sempre admirou muito e sempre quis fazer igual, tem aquela admiração de mãe e filha. Sempre foi assim. Nunca teve o momento em que ela, 'ah, não gosto, não quero que vc vá'. Nunca rolou isso. Ela sempre fala: 'eu vou ser cantora, eu já sou cantora igual a minha mãe'". Lis é bastante afinada e, desde os seis anos, toca violão. Ela já fez a abertura de shows da mãe, incluindo de duas apresentações na mencionada turnê americana. "A Lis já abriu já abriu vários shows meus aqui no Brasil, em Belém e em São Paulo". Além de ter feito uma apresentação solo no evento de Natal da escola, no passado. 

Segundo Liège, a filha tem uma relação saudável com a profissão, mantendo uma postura compreensiva e também de muita torcida e vibração pelo sucesso de Liège. Quando a mãe viaja, a criança fica aos cuidados do pai e dos avós. "Eu acredito muito que há um dom natural em cada um que acaba sendo aguçado por ter um exemplo dentro de casa. Eu sempre pergunto se ela está feliz, se é isso mesmo que ela quer e digo que ela tem que trabalhar, estudar, se dedicar e ter perseverança para fazer bem o que deseja, para ter sucesso em qualquer profissão, pois nenhum caminho é fácil."

image Viviane com o pequeno Heitor, de 2 anos. (Arquivo pessoal)

A difícil missão de conciliar a carreira e a maternidade

Nas noites em que tem que se arrumar para fazer shows, Viviane Batidão antecipadamente envia o filho Heitor, de 2 anos, para a casa da avó paterna, em Santa Izabel do Pará, na Região Metropolitana, onde reside. Basta o garoto enxergar a mãe se arrumando para começar a chorar, pois ele já sabe que ela vai sair. "Às vezes não consigo vê-lo. Quando ele me vê arrumada, ele chora e me agarra pra não sair. Meu coração fica em pedaços." A Rainha do Tecnomelody cuida da própria carreira e está com uma rotina intensa de ensaios, shows e gravações. Ela acaba de voltar de uma turnê pelo Sul e Sudeste do país. 

"Estou trabalhando mais do que nunca. Vou pra Belém quase todo dia para reuniões, ensaios e shows. É muito cansativo, eu quase não tenho tempo de ficar com o meu filho. É o maior sacrifício que faço, abdicar de estar com ele pra investir na minha carreira", conta. A avó, o pai e a babá são o principal suporte do bebê. "Eles me ajudam muito". "Tem dia que fico tão cansada, que preciso dormir em Belém, como aconteceu na última segunda-feira (6), que gravei um comercial em Belém durante o dia inteiro até meia-noite. Eu já vinha de uma sequência de shows na sexta-feira, sábado e domingo (3, 4 e 5). Não tive condições de dirigir de volta pra casa, voltei no dia seguinte. Quando cheguei, eu e o meu filho estávamos mortos de saudade." Mesmo com a distância, Viviane não abre mão de residir na cidade em que nasceu e de manter o filho perto das famílias materna e paterna. Neste domingo, 12, Viviane não estará com o pequeno Heitor, mas em uma turnê pelo Amapá, da qual retorna amanhã após quatro dias fora de casa. "Eu faço chamada de vídeo para ele todos os dias. Falo: 'a mamãe tá trabalhando, ganhando dinheiro para o meu filho'".

Já Keila Gentil lidou com a dificuldade de ajustar os compromissos de carreira com a maternidade em dois momentos distintos. Com o primeiro filho, Josué, hoje com 9 anos, ele sofreu com a ausência da mãe quando a Gang do Eletro ganhou fama. "O Josué chorava mais quando eu ia viajar. Ele ficava com os meus pais, em Belém", recorda. "Quando ele completou 7 anos, meus pais se mudaram para a cidade de Toledo, no Paraná, e eu fiquei em Belém com ele e engravidei da Alexa." Mas, em 2016, quando Keila visitou os pais durante a viagem para se apresentar na abertura dos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, em 2014, os avós pediram para voltarem a cuidar de Josué, alegando a qualidade das escolas do lugar. "O Josué acabou ficando com eles para ter essa melhor atenção. Pois eu estava numa segunda gravidez e com a carreira caminhando pra um trabalho solo. Ele é o melhor aluno da escola. A gente se fala todo dia por vídeo e, sempre que eu posso visito ele, como agora, que farei uma turnê pelo Sul e vou passar alguns dias com ele."

Já a pequena Alexa, hoje com 2 anos, foi levada por Keila para vários lugares por onde a artista se apresentou na companhia do pai da criança, Clécio, que é DJ dela. "A gente carregou a Alexa junto para todos os lados. Agora está ficando mais complciado de levá-la porque já paga passagem (aérea). Ela fica com a avó dela, minha sogra, tem uma babá também e a dinda, tem muita gente pra cuidar dela enquanto a gente viaja. Como ela é bebê, sofre um pouco mais. Mas na despedida, ela fica entrertida brincando com as coleguinhas, diz 'tchau mãe' e não chora." "Não é muito fácil conciliar, é bem difícil. Quando a gente liga (para a criança), na hora de desligar ela chora. É bem difícil para nós, o coração fica apertado, mas a gente tem que trabalhar. Eu amamentei a Alexa enquanto eu pude e só parei porque adoeci gravemente."

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