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Coluna do Estadão: Oposição volta a desconfiar de Tarcísio após anistia esfriar e exige empenho

Estadão Conteúdo

Por Iander Porcella, do Estadão

Os planos da oposição para a semana final de julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) foram "por água abaixo". O PL não conseguiu convencer o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a colocar em votação a urgência do projeto da anistia. E, de quebra, o deputado pautou para esta quarta-feira, 10, a votação da MP do governo que diminui a conta de luz e faz parte do pacote eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Esse fracasso da estratégia bolsonarista fez com que os aliados do ex-presidente voltassem a desconfiar das reais intenções do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Depois de uma semana de articulações em Brasília, Tarcísio cobrou nominalmente Motta a pautar a anistia, durante ato na Avenida Paulista no domingo, 7, mas o pedido não teve efeito. Agora, a oposição quer ainda mais empenho do governador pelo perdão a Bolsonaro para que ele prove sua lealdade e se consolide como herdeiro político para disputar o Palácio do Planalto em 2026.

Nesta semana, Tarcísio permanecerá em São Paulo. Mas, na semana que vem, deve retornar à capital federal. O governador, nos últimos dias, subiu o tom contra o STF e chegou a falar em "tirania" do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso da trama golpista na Corte. Essa mudança repentina de postura, apesar de ter agradado ao bolsonarismo, não convenceu a todos, principalmente o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

O PL prometeu paralisar os trabalhos do Congresso e prejudicar a agenda do governo nesta semana, caso a anistia não avançasse, mas não contou nem com o apoio dos líderes do Centrão. Por isso, o partido de Bolsonaro vê como essencial que Tarcísio entre novamente na jogada.

A oposição também reconhece a dificuldade que enfrentará no Senado caso a anistia seja aprovada na Câmara. Como mostrou a Coluna, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), relatou a pessoas próximas que ficou irritado com a cobrança pública feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), durante os atos de 7 de setembro, sobre a anistia. De acordo com aliados, a pressão feita no palanque torna ainda mais difícil o apoio de Alcolumbre à pauta bolsonarista.

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