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Longa 'Adoráveis Mulheres' é a principal estreia da semana nos cinemas de Belém

Produção assinada pela diretora e roteirista Greta Gerwig é a sexta adaptação do livro de Louisa May Alcott

Agência Estado

O novo filme da diretora e roteirista Greta Gerwig, 'Adoráveis Mulheres', é a principal estreia da semana nos cinemas de Belém. O longa é a sexta adaptação do livro de Louisa May Alcott, sendo as duas primeiras obras ainda do período silencioso. Seguiram-se, no sonoro, as versões de George Cukor (1933), Mervyn LeRoy (1949), Gillian Armstrong (1994) e agora a de Greta.

O livro foi publicado em 1868, logo após a Guerra Civil dos EUA, que terminara em 1865. Conta a história de quatro irmãs, crescendo durante a guerra. O pai está ausente, combatendo no front, e a mãe vira a fortaleza do lar. As irmãs são diferentes entre si, e Jo, inspirada na autora, desde logo revela seu pendor para a escrita.

À Film Comment, Greta contou que sempre conheceu o livro e sua reputação - grandes escritoras (Simone de Beauvoir, Susan Sontag, Ursula Le Guin) viram em Mulherzinhas, tradução literal, um duplo estudo, sobre o que é ser mulher e o desejo de escrever. Greta reuniu anotações. No dia seguinte ao Oscar de Ladybird - A Hora de Voar, reuniu o material que já coletara e se isolou para encarar o desafio de criar uma nova versão, mais moderna, radical, da história clássica.

Adoráveis Mulheres foi praticamente ignorado no Globo de Ouro - os correspondentes estrangeiros de Hollywood não entenderam nada das intenções da diretora e roteirista Greta Gerwig. Há expectativa de que ela obtenha melhor resultado no anúncio do Oscar, na segunda-feira, 13. 

Existem curiosas similaridades entre Greta e a heroína, Jo. Na entrevista à revista Film Comment, Greta conta que o livro de Louisa May Alcott sempre esteve presente em sua vida. Uma informação aqui, outra ali, e ela descobriu que importantes autoras contemporâneas identificavam em Adoráveis Mulheres um duplo estudo da condição feminina, no mundo dos homens, e da aspiração pela escrita.

Uma frase no filme é decisiva para marcar sua modernidade. Jo/Saoirse diz a Marmee, a mãe, interpretada por Laura Dern - que ganhou o Globo de Ouro de coadjuvante por História de Um Casamento. (Laura é uma amiga da família Baumbach/Gerwig.) "Estou cansada dessa gente que diz que as mulheres são feitas para o amor, cansada mas também solitária. Sinto-me sozinha."

A frase não é de Adoráveis Mulheres, não se encontra no livro, mas Greta pinçou-a de outra criação de Louisa May Alcott - Rose in Bloom. Há mais de 150 anos Louisa já expressava um mal-estar que hoje, cada vez mais, as mulheres verbalizam com crescente naturalidade, e autoridade.

Adoráveis Mulheres (estreia)
Dir: Greta Gerwig
Drama, 10 anos
Cinépolis Boulevard 5 (2D dub): 12h30 (sab e dom), e 15h15; Cinépolis Boulevard 5 (2D leg): 18h e 20h45;
Cinesystem Metrópole 9 (2D dub): 15h30, 18h15 e 21h;
Moviecom Pátio 1 (2D dub): 16h20;
Moviecom Pátio 4 (2D leg): 21h20;
Moviecom Pátio 6 (2D dub): 14h30;

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Cinema
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