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‘Grande Sertão’ leva sertão à favela em adaptação para aos cinemas nacionais

Longa foi premiado na 27ª edição do Tallinn Black Nights Film Festival (PÖFF), na Estônia, em novembro de 2023.

O Liberal
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Estreia nesta quinta-feira (06), no circuito comercial dos cinemas o filme brasileiro “Grande Sertão”. O longa-metragem reconta a história escrita há quase 70 anos no livro "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa. O filme faz uma adaptação para a realidade atual utilizando a mesma linguagem poética da obra original.

Além de Belém, o longa vai estrear em mais de em 120 cidades de 24 estados do Brasil. Porém, ele abre a 28ª edição Cine PE – Festival do Audiovisual, no Recife, com exibição na Mostra Hors Concours, de forma gratuita, com a presença do diretor e do elenco: Caio Blat, Luis Miranda, Eduardo Sterblitch e Rodrigo Lombardi.

 “Grande Sertão” tem direção e roteiro de Guel Arraes, responsável também por “O Auto da Compadecida” e “Lisbela e o Prisioneiro”, mas Jorge Furtado também assina o roteiro com Jorge Furtado. A produção é de Manoel Rangel, Egisto Betti e Heitor Dhalia. 

Flávia Lacerda, que foi assistente de direção em “O Auto da Compadecida”, assumiu a direção de “Grande Sertão”.   
O longa já recebeu o prêmio de melhor direção para Guel Arraes, na categoria Critic's Picks, na 27ª edição do Tallinn Black Nights Film Festival (PÖFF), na Estônia, em novembro de 2023.  

A trama se passa em uma grande comunidade da periferia brasileira chamada “Grande Sertão”, que mostra a luta entre policiais e bandidos. O confronto assume ares de guerra e traz à tona questões como lealdade, vida e morte, amor e coragem, Deus e o diabo. Riobaldo, comandado por Caio Blat, entra para o crime por amor a Diadorim, interpretada pela atriz Luisa Arraes. Ele não tem coragem de revelar sua paixão. 

A identidade de Diadorim é um mistério constante para Riobaldo, que lida com escolhas morais e dilemas éticos, enquanto busca entender seu lugar no mundo e sua própria natureza. Nesse percurso transcorre as batalhas e escaramuças da grande guerra do Sertão, que transpõe o universo da violência dos jagunços do sertão para o território das organizações criminosas de uma periferia.

“Eu estava muito preocupado com a passagem de tempo grande. Faço Riobaldo jovem e velho. Quando a gente estava prestes a filmar, veio a pandemia. Falei para o Guel: Vou deixar a barba crescer durante toda a pandemia. Quando a gente for filmar, vou estar com a barba que a gente precisa para o personagem’". Foram quase dois anos de espera. Todo mundo me perguntava por que eu estava com a barba tão grande. Foi a preparação para esse Riobaldo velho. Pedi para o Guel para começar por essas cenas, para ter a barba natural. É um registro da pandemia, do tempo em que a gente ficou em casa sem trabalhar, com teatros e estúdios fechados”, explica em entrevista ao Globo.

Na quarta-feira (05), Caio Blat participou do Encontro, da TV Globo, com Patrícia Poeta, e Luisa Arraes mandou uma mensagem para ele. Além da parceria no cinema, eles são casados desde 2017, dois anos depois eles optaram por abrir a relação.

"Meu maior companheiro na vida e no trabalho. Caio, a gente se conheceu contando essa história sete anos atrás e a gente continua contando essa história. Então, é uma história que faz parte da nossa vida. Como se fosse a nossa Bíblia. E é uma honra e um privilégio trabalhar com esse cara que é tão generoso, que é tão inteligente, um ator muito inteligente, com opiniões que sempre interessam. É uma alegria ter esse parceiro comigo em todos os âmbitos da minha vida", disse Luísa.

Atualmente a atriz vive a vilã Blandina em No Rancho Fundo, novela da Globo.

O longa ainda mostra as histórias de Joca (Rodrigo Lombardi), Zé Bebelo (Luiz Miranda), Hermógenes (Eduardo Sterblitch), Otacília (Mariana Nunes) e Nhorinhá (Luellem de Castro), entrelaçadas com as dos protagonistas.

“O Zé Bebelo foi um trabalho de composição minha em colaboração com o Guel, ele queria um personagem que ao mesmo tempo fosse um coronel rígido e um palhaço divertido. Esse anti-herói que é um grande bufão e militarmente rigoroso, mas um homem extremamente humano”, comenta Luiz Miranda sobre o seu personagem.

 

 

 

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