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Cinema Francês

Marco Antonio Moreira

O Festival Varilux de Cinema Francês exibido recentemente em diversas cidades do país é um dos mais importantes meios de divulgação das novas e clássicas produções do cinema francês que merecem ser conhecidos pelos espectadores. A França possui uma das mais importantes cinematografias do cinema e, desde a criação do cinematographo pelos Irmãos Lumiére, em 1895, tem apresentado relevantes contribuições para a evolução da linguagem cinematográfica. No tempo dos cineclubes, em uma época que raramente era possível assistir um filme francês ou de outro país europeu nas salas de cinema comerciais, era constante a programação de filmes franceses. Entendo que era inevitável em um conceito cineclubista de exibição focar na diversidade de cinematografia e, certamente, o cinema produzido por diversos cineastas deste país revelava muitas qualidades que eram reconhecidas e valorizadas pela crítica especializada e por grande parte do público.

Por meio de vários filmes franceses conheci artistas que deixaram um legado cultural cinematográfico inesgotável. Entre vários diretores talentosos posso citar George Méliès, Germaine Dullac, Jean Renoir, Jean-Luc Godard, Marcel Carné, Abel Gance, Robert Bresson, François Truffaut, Rene Clair, Jacques Rivette, Agnès Varda, Claude Chabrol, Alain Resnais, Rene Clement, Jacques Tati, Louis Malle, Henri-Georges Clouzot, Eric Rhomer, Jean Vigo, Jean-Pierre Melville, Leon Carax, Marguerite Duras, François Ozon, Bruno Dumont, Claire Dennis entre outros.

Diversos atores e atrizes franceses apresentaram grandes momentos de intepretação como Romy Schneider, Charles Boyer, Catherine Deneuve, Alain Delon, Jean-Paul Belmondo, Gerard Depardieu, Isabelle Huppert, Marion Cotillard, Isabelle Adjani, Juliette Binoche, Jean Gabin, Jean‑Louis Barrault, Yves Montand, Jean-Louis Trintignant, Jeanne Moreau, Jean-Pierre Leaud, Michel Piccoli, Julie Delpy, entre outros nomes.

O cinema francês clássico e contemporâneo evidencia um cinema autoral que, muitas vezes, demonstra temas e estéticas que estão além de imposições do mercado cinematográfico que, muitas vezes, não estimula experiências fílmicas que surgiram, por exemplo, em filmes como Acossado (1960) de Jean-Luc Godard e O Ano Passado em Marienbad (1962) de Alain Resnais. É evidente que o cinema realizado em outros países também apresenta estas e outras premissas, mas em diversas épocas, especialmente no período do movimento cinematográfico Nouvelle Vague, nos anos  1950 e 1960, foi o cinema francês que trouxe esperança renovada nos rumos da estética cinematográfica. Logo, é necessário pesquisar e estudar esta cinematografia por meio de  filmes produzidos em várias décadas como modo de reconhecer sua importância para o passado, presente e futuro do cinema.

Entre vários filmes franceses admiráveis que devem ser assistidos ou revistos, indico alguns clássicos que estão disponíveis em diversas plataformas audiovisuais e DVD.

- Viagem à Lua (1902) de George Méliès

- O Atalante (1934) de Jean Vigo

- A Regra do Jogo (1939) de Jean Renoir    

- O Boulevard do Crime (1945) de Marcel Carné

- A Bela e a Fera (1946) de Jean Cocteau

- O Salário do Medo (1952) de Henri-Georges Clouzot

- As Férias do Sr. Hulot (1953) de Jacques Tati

- Os Incompreendidos (1959) de François Truffaut

- Hiroshima Meu Amor (1959) de Alain Resnais

- Acossado (1960) de Jean-Luc Godard

- O Ano Passado em Marienbad (1962) de Alain Resnais

- Jules e Jim (1962) de François Truffaut

- Cléo de 5 as 7 (1962) de Agnes Varda

- A Grande Testemunha (1966) de Robert Bresson

- A Religiosa (1966) de Jacques Rivette

- Duas ou três coisas que sei dela (1967) de Jean-Luc Godard

Boas sessões!

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