Centro de Estudos Cinematográficos promove live com o diretor, roteirista e produtor Roger Elarrat
A proposta da live é promover debates sobre a produção paraense em 2021 a partir das obras previstas para lançamento este ano, apesar da pandemia

Em sua missão de debater e estimular o audiovisual produzido no Pará, o Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) promoverá mais uma live sobre o assunto, desta vez, com a participação do diretor, roteirista e produtor Roger Elarrat, nesta quinta-feira, 20. Segundo Marco Antonio Moreira, coordenador do CEC que mediará a conversa, a proposta da live é discutir os projetos do cinema paraense em 2021, tendo como base as produções previstas para lançamento neste ano, gravadas e apresentadas ao público em meio ao contexto da pandemia. O bate-papo é às 20h, no perfil @centrodeestudosdecinema, no Instagram.
“Vamos falar sobre o que vem por aí. Tem muitas produções acontecendo, mas muitas estão paradas. Nossa intenção é que o Roger, pela perspectiva dele, com as funções que ele exerce, nos informe o que acha, o que está precisando ser feito. Se ele acha, por exemplo, que precisa de editais estaduais para incentivar a produção audiovisual”, conta Marco. “O lance é dar voz a ele, como representante do audiovisual paraense e essas dificuldades que vivemos”, explica o coordenador do CEC.
O crítico de cinema e professor adianta que deve falar na live sobre soluções para o futuro do audiovisual local nos tempos do coronavírus, que gerou caos tanto no meio da saúde como no econômico. “A gente não pode deixar de analisar que o audiovisual gera empregos. As pessoas têm uma ideia muito errada sobre isso. Quando se fala em Lei Rouanet, por exemplo, é como se o artista pegasse o dinheiro e fosse embora, como se ele tivesse uma cadeia de empregos, de serviços. Então, as pessoas têm que ter um pouco mais de noção para defender esse processo”, defende.
Roger Elarrat é diretor de diversas produções como “Chupa Chupa” (2007), e “Miguel, Miguel” (2009). Recentemente, ele lançou o trabalho “Amazônia Oculta” (2020), uma série de quinze histórias em cinco episódios com narrativas de terror, suspense e ficção científica na Amazônia, parcialmente produzida durante a pandemia do coronavírus. A produção foi gravada na cidade de Belém e em áreas que integram o município, como Icoaraci, Ilha do Combu e Outeiro. Para Moreira, essa experiência tornou ainda mais relevante a participação de Elarrat para debater o tema, já que ele é uma pessoa que sentiu na pele os desafios vividos pelos produtores cinematográficos paraenses em meio à crise sanitária.
“Foi complicado em todos os estados do Brasil, mas é claro que os estados do Norte e Nordeste, que já têm uma série de limitações de orçamento, de recursos, sofreram mais. Rio, São Paulo, Minas, tem uma outra dinâmica, outra realidade. Por isso a live é sobre o cinema paraense em 2021, porque a ideia é falar sobre as perspectivas das produções locais. Eu sei que tem muita gente com roteiro, com projeto pronto, e que tem recursos, mas tem também alguns que pararam no meio do caminho, alguns que retomaram só agora… Enfim, vamos dar voz ao Roger, para discutir isso e, certamente, ele apresentará sugestões”, adianta Marco Antonio Moreira.
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