Na 6ª edição, Amazônia Doc. traz novidades em versão 3 em 1
Entre as novidades neste ano, estão o 1º Festival As Amazonas do Cinema e o 1º Curta Escolas; lançamento foi adiado por conta das chuvas

Como uma grande janela de exibição de produções dos nove países que integram a chamada Pan-Amazônia, o Amazônia Doc – Festival Pan Amazônico do Cinema chega a 6ª edição. Neste ano, a programação inova com a realização do 1º Festival As Amazonas do Cinema e do 1º Curta Escolas. O evento, que começaria hoje (10), foi adiado ainda sem uma data determinada.
A organização do festival tomou a decisão devido as fortes chuvas que caíram sobre Belém nos últimos dias. As chuvas, que alagaram diversas áreas da Região Metropolitana de Belém, poderiam dificultar a locomoção de estudantes de escolas públicas e dos convidados para o lançamento. Segundo os organizadores, ainda nesta semana uma nova data do lançamento será informada para divulgar a programação 2020 do Amazônia Doc. O Festival chega com versão 3 em 1 com lançamento dos editais para participação e inscrição nos novos festivais, no Sesc Ver-o-Peso.
O evento contará com a presença de Zienhe Castro, fundadora e diretora geral, além de Produtora Executiva e Curadora do Festival Amazônia Doc. 3 em 1 e de Manoel Leite Jr., Produtor Executivo e Curador do Festival Amazônia Doc., além da equipe de realização da 6ª edição e dos coordenadores dos dois novos festivais. A programação contará ainda com a exibição do curta vencedor da 5ª edição do Festival Amazônia Doc., "Beat, é Protesto' de Mayara Efe, e o premiado longa metragem “Eleições”, de Alice Riff.
Realizado pela primeira vez neste ano, o Festival "As Amazonas do Cinema" promete uma verdadeira imersão em trabalhos produzidos por mulheres da Pan-amazônia. Ao longo de três dias, a programação promete trazer o que há de mais instigante sendo realizado por mulheres cis e trans dos estados brasileiros que compõe a Amazônia, e nos países atravessados pelo nosso rio, na região conhecida como Amazônia Legal e sul-americana (Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa).
Além da mostra competitiva de curtas-metragem, a programação contará também com mesa redonda sobre o pensamento feminino no cinema, a partir da construção das críticas do coletivo Elviras, Kênia Freitas e Cecília Barroso; palestra sobre a presença das mulheres no audiovisual amazônico, com Lorenna Montenegro (crítica de cinema, jornalista e roteirista); e oficina voltada para criação de roteiro de narrativas documentais, com a diretora Susanna Lira.
Convidada por Zienhe Castro para a coordenação do festival ao lado da designer e produtora audiovisual Carol Abreu, Lorenna Montenegro fala sobre o empenho na programação voltada às mulheres. "Eu e a Carolina Abreu estamos muito imbuídas em fazer com que seja um festival que agregue, represente e dê visibilidade pras realizadoras locais e que promova essa troca também entre produtoras, cineastas, roteiristas e realizadoras de outros estados", pontua. Na cerimônia de lançamento serão divulgados os detalhes sobre as inscrições e o edital para participação das diretoras.
Outra novidade este ano, o 1o Festival Curta Escolas conta com mostra competitiva e vai realizar oficinas de formação que resultarão em curtas metragens documentais que abordarão diferentes aspectos do universo estudantil. As produções serão dirigidas por jovens do ensino médio, integrantes dos Territórios de Pacificação (TERPAZ) do Governo do Estado do Pará. A coordenação do festival é do jornalista e produtor audiovisual Felipe Cortez, a convite de ZFilmes.
A idealizadora da iniciativa explica que as novidades de 2020 são ampliações de tendências que se desenharam na programação do festival em 2020. Zenhe Castro explica que foi a partir de um projeto em parceria com a professora Lília Melo, que levava jovens periféricos ao cinema, o CineClube TF, que a ideia de dar protagonismo aos jovens da periferia ganhou corpo.
"Foi muito rico o processo e isso me provocou no sentido de achar que precisava um espaço permanente pra esses jovens. Então surgiu a ideia de criar um festival voltado pra isso, tanto pra fomentar a formação - vamos dar oficinas pra que eles possam produzir obras de curta-metragem de temas pertinentes - como pra dar esse espaço as jovens. Esse resultado das oficinas inclusive vão entrar em um festival, com premiação e júri específico dedicado ao que essa juventude precisa", detalha. "A gente também deu um espaço ano passado já abraçando a causa feminista de fomento a essas criações por mulheres", acrescenta.
Cinema documentário é o foco
O Amazônia Doc. aprofunda o debate sobre as questões sociopolíticas, socioambientais, socioculturais, de formação e de fomento relativas ao audiovisual com perfil de integração dos países da Pan-Amazônia, por meio de mostras competitivas e mostras paralelas de suas produções. Com foco no cinema documentário, o festival também possui um leque extenso de atividades de formação oferecido gratuitamente ao público. O acesso é gratuito.
As inscrições para a 6ª edição do Amazônia Doc – Festival Pan Amazônico do Cinema estão abertas até 24 de março, para documentários dos nove países da Pan-Amazônia. Podem ser inscritos documentários curtas (de até 25 minutos) e Telefilmes/longas-metragens (com mínimo de 52 minutos). As inscrições são gratuitas e devem ser feitas exclusivamente por meio da plataforma Filmfreeway (https://filmfreeway.com/AmazoniaDoc). Mais informações em http://amazoniadoc.com.br.
Amazônia Doc 3 em 1 é uma realização do Instituto Culta da Amazônia, com a co-realizacão da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) - Governo do Estado do Pará e Instituto Márcio Tuma. A Produção é da ZFilmes, com parceria do Sesc; Sebrae; Belém Soft Hotel. Apoio Cultural: FCP - Cine Líbero Luxardo- Funtelpa - Pará 2000- Distribuidora Estrela do Norte.
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