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CineAlter 2022 abre inscrições para mostra de filmes; o festival terá música, exposições e oficinas

A programação deste ano está sendo elaborada e começará a receber inscrições para a exibição na mostra de filmes no dia 30 de julho

Emanuele Corrêa
fonte

Exibição de filmes, bate-papo, apresentações musicais e culturais fazem parte da programação do "Festival de Cinema em Alter do Chão" (CineAlter 2022), que acontece de 3 a 6 de novembro, na Vila de Alter do Chão em Santarém. A programação deste ano está sendo elaborada e começa a receber inscrições para a exibição na mostra de filmes no dia 30 de julho. A edição de 2021 mobilizou 8 mil pessoas presencialmente e 10 mil pessoas por transmissão on-line.

Raphael Ribeiro, um dos organizadores do CineAlter relembra que a proposta surgiu em 2017, a partir da mobilização dos fazedores de cultura da região, e a primeira edição ocorreu em 2018. Ele disse que o intuito do projeto é fortalecer e impulsionar a cultura local e a estrutura socioeconômica. "Incentivar a produção audiovisual no Oeste do Pará, por meio de um intercâmbio com outras iniciativas nacionais e internacionais e a difusão das nossas produções, que tem a essência única de contar as histórias da Amazônia com a narrativa e o olhar dos povos da Amazônia. Essa é a unidade da ideia original do Festival construída a muitas mãos", afirmou.

image 'A ideia de Festival de Cinema em Alter do Chão surgiu em 2017, tendo engajado em 2018 um grupo de fazedores de cultura de Santarém e região das mais diversas linguagens artísticas, assim como da comunidade sede, por meio de consultas públicas e elaboração de objetivos do projeto. O Festival tem em suas diretrizes o fortalecimento da economia da Cultura na região, assim como da socioeconomia dessa importante Vila Turística amazônica que é Alter do Chão", disse Raphael Ribeiro, coordenador do evento. (Reprodução / M'boia LAB)

O organizador declarou que o festival é um processo coletivo, que envolve a comunidade local, organizações sociais, fazedores de cultura e do audiovisual, e que este processo começa a ser construído a partir das inscrições para a exibição de filmes, que iniciam no dia 30 de julho e encerram no dia 30 de agosto. Raphael deseja que este ano tenha o mesmo retorno que a última edição. "Recebemos curtas-metragens e longas-metragens. Este ano, iremos repetir o sucesso da nossa Mostra Competitiva, a 'Samaúma', que recebe filmes latino-americanos. A Mostra 'Açaizeiro', de filmes paraenses, passará a ser competitiva também. As duas outras mostras são a 'Ipê', de filmes experimentais e com equipamentos de baixo custo, produzidos aqui na região Oeste do Pará e a 'Seringueira', produzidos ou co-produzidos por povos tradicionais indígenas, quilombolas, extrativistas e ribeirinhos", pontuou.

"Este ano serão exibidos cerca de 45 filmes. O filme de Abertura e outro de Encerramento, geralmente títulos em evidência e premiados do cinema internacional. No ano passado tivemos a alegria de contar com a exibição, por exemplo, de 'A última floresta' de Luiz Bolognesi e David Kopenawa, que denuncia a exploração de minério em territórios indígenas", concluiu.

O diferencial deste ano, segundo o coordenador, é a inclusão de palestras e oficinas de audiovisual, além das exibições, shows musicais e exposições fotográficas. "Além disso, nos dias 28, 29 e 30 de setembro, em parceria com o projeto CineSolar teremos oficinas e exibições de cinema na Ocupação Juá Salvação em Santarém, na aldeia munduruku Açaizal e no quilombo de Murumuru, na região do Planalto Santareno", declarou.

Raphael reforçou o convite para que a população do audiovisual participe do festival, inscreva-se e, quando chegar o período, a comunidade como um todo prestigie a programação. "Esse é um projeto muito gratificante, porque agrega pessoas de várias linguagens artísticas, todos unidos pela difusão da cultura amazônica, em especial do Tapajós que é única e inconfundível. Também é um projeto que cumpre seu papel social ao levantar as bandeiras da sustentabilidade ambiental e discutir, por meio do cinema, temas sociais, étnicos e territoriais, de diversidade e gênero importantes no nosso contexto e que tratam diretamente do desenvolvimento humano pautado no bem-viver", arguiu.

"Venham para Alter do Chão, conheçam o Pará, a Amazônia e estejam de coração aberto para conhecer belíssimas histórias sobre os nossos povos, sobre a nossa cultura. Há um movimento lindo acontecendo no audiovisual amazônico em que o Tapajós tem seu espaço de protagonismo por ser hoje uma região fundamental no debate socioambiental e cultura no Brasil e da América Latina", finalizou.

 

Serviço

"Festival de Cinema em Alter do Chão" (CineAlter 2022)

Período de inscrições dos filmes: 30 de julho a 30 de agosto

Festival: 3 a 6 de novembro

Local: Alter do Chão, Santarém.

Mais informações: @cinealterdochao

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