Ratinho critica realização da COP 30 em Belém: 'Qual a necessidade?'
O apresentador disse ainda que Belém “não tem infraestrutura” para receber o evento e que enfrenta problemas básicos como “esgoto a céu aberto a quatro quadras do centro”
Durante participação em um podcast, o apresentador Ratinho fez duras críticas à escolha do governo federal para que Belém sedie da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), evento climático da ONU previsto para acontecer na capital paraense, em novembro deste ano.
"Qual a necessidade?", questionou o apresentador sobre os investimentos necessários à realização do evento, citando que esses recursos poderiam ser destinados a outras demandas públicas e necessidades da população. “Você vai gastar R$ 5,6 bilhões para fazer uma COP 30 num lugar onde falta comida”, disse Ratinho, mencionando ainda experiências passadas, com a construção de estádios para Copa do Mundo no Brasil em 2014.
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O apresentador disse ainda que Belém “não tem infraestrutura” para receber o evento e que enfrenta problemas básicos como “esgoto a céu aberto a quatro quadras do centro”.
Polêmicas da Copa do Mundo de 2014
Durante a Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), diversas obras de infraestrutura foram realizadas, incluindo a construção e reforma de estádios em várias cidades, como o Mané Garrincha (Brasília–DF), Arena Amazônia (Manaus–AM), Arena Pantanal (Cuiabá–MT) e Arena das Dunas (Natal–RN). Muitos desses estádios foram erguidos em locais com pouca tradição no futebol de alto nível, o que gerou críticas sobre a real necessidade dos investimentos — que ultrapassaram R$ 8 bilhões apenas em arenas.
À época, protestos tomaram as ruas do país, com manifestantes questionando a prioridade dada ao megaevento diante de carências em áreas como saúde, transporte e educação. Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha afirmado em 2023 que não houve comprovação de corrupção nas obras, os gastos com a Copa seguem sendo alvo de debate até hoje, sendo frequentemente citados como exemplo de uso controverso de recursos públicos.
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