Brigitte Bardot foi condenada por preconceito religioso, incitação ao ódio e racismo
Ao longo da vida, Bardot apoiou setores da ultradireita e foi multada várias vezes por diversos crimes
Brigitte Bardot, atriz francesa que se tornou um dos maiores símbolos do cinema mundial nas décadas de 1950 e 1960, também foi alvo de diversas ações judiciais por conta de suas declarações polêmicas contra muçulmanos e imigração na França.
Após encerrar a carreira nas telas, Bardot dedicou grande parte de sua vida ao ativismo, especialmente em defesa dos direitos dos animais por meio da Fundação Brigitte Bardot, criada em 1986. Ao mesmo tempo, ela passou a manifestar apoio a ideias associadas à ultradireita francesa, chamando a atenção de setores conservadores e estimulando controvérsias públicas, detalhou a CNN Brasil.
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Multas e condenações por incitação ao ódio
A postura política de Bardot rendeu diversas condenações na Justiça francesa por incitar ódio racial. Tribunais da França aplicaram multas à ex‑atriz por comentários considerados provocativos e discriminatórios, especialmente quando dirigidos à comunidade muçulmana, que é uma das maiores minorias religiosas do país.
Em cartas abertas, livros e entrevistas, Bardot chegou a afirmar que a França estava sendo “invadida” por estrangeiros e criticou práticas culturais ligadas ao Islã, como o abate de animais durante o festival Eid al‑Adha. Tais declarações motivaram processos movidos por organizações antirracistas, que acusaram a artista de incitar ódio e discriminação.
Entre as punições registradas ao longo dos anos, Bardot foi multada várias vezes — inclusive no início dos anos 2000 — por cartas e publicações em que sugeria que grupos muçulmanos estariam “destruindo” a França com suas práticas.
Além das questões legais, Bardot desenvolveu ao longo do tempo uma relação próxima a figuras e discursos associados à ultradireita no cenário político francês, o que fortaleceu sua imagem polarizadora dentro e fora do país. Seus posicionamentos foram adotados por setores conservadores, mas também atraíram críticas de grupos que defendem direitos civis e convivência multicultural.
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