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Centenário do escritor Benedicto Monteiro traz expectativa de novas edições

Família tenta junto aos órgãos do Estado, Prefeitura de Belém e nova editora organizar festa de centenário 

Vito Gemaque
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Um revolucionário da prosa literária paraense, assim poderia ser definido Benedicto Wilfred Monteiro. Nascido em Alenquer, no dia 29 de fevereiro de 1924, o escritor que deu continuidade ao homem amazônida como protagonista na prosa, seguindo os passos de Dalcídio Jurandir, completará 100 anos no final do mês de fevereiro. A família do escritor, responsável pela curadoria do acervo, tenta junto aos órgãos públicos organizar ao longo deste ano eventos para relembrar e rediscutir o autor.

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Benedicto Monteiro foi advogado, juiz, parlamentar, secretário de Estado, procurador e ocupou vários outros cargos escreveu mais de 20 obras, principalmente literárias, mas também se dedicou a escrever sobre o direito do homem do campo à terra. Benedicto escreveu a intitulada Tetralogia Amazônica composta pelos livros “Verde vagomundo”, “O Minossauro”, “A Terceira Margem” e “Aquele um”.

“Benedicto Monteiro é um marco na prosa literária do Pará. Ele inaugura uma nova fase, você vê, que uma fase já foi introduzida pelo Dalcídio Jurandir, o Benedicto Monteiro continuou e foi mais adiante. O Benedicto apresenta uma prosa política social, naqueles quatro romances começando com ‘Verde Vagomundo’”, explica o professor universitário e doutor na obra de Benedicto Monteiro, José Guilherme Castro.

Para relembrar a importância de Benedicto como ator político para o Estado do Pará e escritor de relevância, a família do autor tem reunido com órgãos do Governo do Estado do Pará e da Prefeitura Municipal de Belém na expectativa de organizar atividades em comemoração ao centenário. Segundo uma das filhas de Benedicto, Duty Monteiro que tenta organizar os festejos.

“Estamos na expectativa de uma parceria e de um evento em homenagem a ele. Estamos com projetos para fazer seminários das obras dele, levar para as bibliotecas, para os estudantes, para reacender para a nova geração as ideias do Benedicto. A gente poder renascer a imagem dele, reforçar esse pensador e escritor que foi traduzido para vários idiomas”, declara Duty.

A expectativa é que nas próximas semanas haja uma resposta dos órgãos. De acordo com os familiares, o Governo do Estado já garantiu a reedição da Tetralogia Amazônica por meio da Imprensa Oficial do Estado do Pará (IOEPA), que confirmou já estar trabalhando nas quatro obras. A Casa Civil também já autorizou a reedição dos livros “História do Pará”, referência na historiografia paraense, e “Ecologia e Amazônia: Ideias sobre a Alfabetização Ecológica”, obra vanguardista sobre a importância da conscientização de crianças para ecologia, para serem feitas pela Fundação Cultural do Pará (FCP).

Há esperanças de reedições das obras que estão esgotadas. A família também está em negociações com uma nova editora. A filha responsável pelo acervo literário de Benedicto, Wanda Monteiro, que trabalhou digitalizando até o último livro do pai, ressalta a importância do homem público, do escritor e intelectual que foi Benedicto Monteiro. “Ele tem uma história para além da literatura. Ele brigava pelo que achava justo e desencadeou uma jornada política neste sentido. Não falo só centenário do escritor, mas do homem público. A história do Bene não é nossa, não é da família, o legado dele é do Estado do Pará. Ele dizia que ‘só se ama o que se conhece’ para que os paraenses conhecessem as suas histórias. Precisamos que os paraenses conheçam Benedicto Monteiro”.

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