Belém vai ganhar Museu de Arte Urbana no Complexo Ver-o-Rio e grafitagens começam a ser feitas hoje

Vinte e um artistas vão expor suas obras nas paredes, muros e fachadas de prédios retratando o cotidiano amazônico, periferia e diversidades das regiões brasileiras

Amanda Martins
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A capital paraense começa a receber um projeto que combina a cultura amazônica com a arte urbana: o Museu de Arte Urbana de Belém (MAUB). Os muros, paredes e fachadas de prédios localizados no Complexo do Ver-o-Rio, espaço onde ficará o museu, vão ganhar a partir desta terça-feira (5), vida e cor com as artes de 21 artistas visuais. A escolha desta data para dar o pontapé inicial nos trabalhos de grafitagem não é por acaso: o Dia da Amazônia serve como um lembrete da importância de preservar a natureza e se conecta à temática do museu. A inauguração MAUB está prevista para ocorrer no dia 24 de setembro com um grande festival de música e gastronomia, e o público poderá fazer visitas guiadas gratuitas.

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Confira como ficará o projeto:

O fotógrafo e curador do projeto, William Baglione, está ansioso para ver os artistas selecionados participarem da construção artística do museu. “Existe uma expectativa muito grande porque a cidade precisa de eventos desse porte para, inclusive, explorar o turismo”, afirmou. 

Serão cerca de 15 dias de grafitagem no MAUB, que promete ser um dos maiores museus a céu aberto do Brasil.  A transformação de parte do Complexo do Ver-o-Rio em um museu de arte urbana é uma iniciativa voltada para a valorização do movimento artístico feito em espaços públicos, além de integrar um dos preparativos para a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP - 30), que será realizada em Belém em 2025.

image O curador selecionou artistas de várias regiões do País pensando em diversificar os talentos e trazer uma variedade de estilos e perspectivas para as obras que em breve irão abordar as paredes do complexo (Divulgação)

Baglione selecionou artistas de várias regiões do País pensando em diversificar os talentos e trazer uma variedade de estilos e perspectivas para as obras que em breve irão abordar as paredes do complexo. Entre os paraenses escolhidos estão nomes como And Santtos, Cely Feliz, Sebá Tapajós, Campis e  a artista plástica Mama Quilla. 

Especializada em pinturas murais e telas, Quilla costuma trazer em suas artes releituras do cotidiano. O autismo do filho proporcionou a ela um novo olhar sobre a vida e a maternidade é um dos assuntos mais abordados nas suas obras. Na arte que irá levar para o Museu não será diferente. 

image Arte que terá executada por Mama Quilla no Museu (Divulgação)

“Sou mãe atípica e quero abordar esse tema. Eu quero falar sobre foco, autismo, inclusão social, também trazendo traços da Amazônia, nossa fauna e flora. E quero que o meu mural seja interativo onde as pessoas possam interagir para tirar fotografias. Vai ser bem interessante”, adiantou a artista plástica. 

As expectativas para a inauguração do MAUB são as melhores possíveis para Mama Quilla. Ela se diz feliz por estar entre os artistas que compõem o primeiro museu de arte urbana na cidade.

“Belém tem uma cena artística muito grande e bonita, porém, faltavam alguns incentivos que estão chegando agora. Eu acredito que essa é uma das várias oportunidades que estão por vir para a cena local”, acrescentou esperançosa. 

image Artista Plástica Mama Quilla (Arquivo pesoal)

Além da grafitagem, o projeto inclui uma série de atividades comunitárias. Vão ser oferecidas 14 oficinas de arte urbana a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, proporcionando oportunidades de aprendizado e expressão artística. 

“O artista pode ser o espelho de um jovem sem muitas opções de lazer e profissão. A arte tem esse poder sedutor de contribuir com a sociedade de alguma forma que inspire e cause reflexão. A oficina é a semente do projeto”, afirmou o curador William Baglione.

O projeto foi aprovado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e patrocinado pelo Instituto Cultural Vale e pelo Nubank.

Programações por todo o país celebram o Dia da Amazônia 

Durante todo o mês de setembro vão ocorrer eventos culturais pelo Brasil que comemoram o dia 5 de setembro. No dia 9, Manaus receberá o Grito Rua, na avenida Autaz Mirim, no bairro São José Operário, a partir das 15h. 

Já em Macapá ocorrerá o Festival Nossa Amazônia no dia 17. O evento vai ser realizado  a partir das 16h na Avenida Mário Cruz, entre o Teatro das Bacabeiras e a Praça Veiga Cabral, região central da cidade, com várias atrações musicais. 

Em São Luís, o Re(x)istencia Fest lll, está marcado para o dia 30, no Parque do Rangedor. A festa começa às 13h, e terá como destaque a presença de BNegão, um dos grandes nomes do hip hop nacional, entre outras atrações. 

 

 

 

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