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Museu do Clima: Belém vai receber 1º espaço destinado a questões climáticas, arte e pesquisa

A iniciativa é da Fundação Romulo Maiorana, que quer restaurar o prédio histórico do jornal O Liberal para hospedar museu

Amanda Martins
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Belém foi escolhida para receber o Museu do Clima. O espaço interativo e tecnológico será criado para debater questões climáticas nacionais e globais por meio de quatro eixos: arte, cultura, ciência e educação.  A iniciativa é da Fundação Romulo Maiorana (FRM), que pretende restaurar o prédio histórico, que foi sede do Jornal O Liberal até o início dos anos 2000, localizado na Boulevard Castilhos França, no bairro da Campina, para hospedar o novo lugar. A expectativa é que a primeira parte do projeto seja entregue durante a Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP 30, realizada em novembro de 2025. 

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A criação do museu é considerada uma iniciativa pioneira, já que até então, não existe uma instituição museal no Brasil que dialogue com os efeitos das alterações climáticas por meio da arte, criando pontes entre artistas e pesquisadores de várias partes do país e do mundo.  

Segundo a Fundação Romulo Maiorana, a ideia de criar o espaço surgiu da crescente demanda na sociedade, em querer discutir sobre a Amazônia e o meio ambiente dentro do próprio território. 

“O público pode esperar um local interativo, informativo e inovador, onde educação, arte e ciência se conectam para sensibilizar e conscientizar sobre as questões climáticas”, acrescentou Roberta Maiorana, diretora executiva da Fundação Romulo Maiorana. 

Uma das propostas do espaço é fazer com o que público aprecie obras de artes relacionados ao tema climático, mas que ao mesmo tempo possa participar de experimentos científicos e educativos, tornando a experiência mais enriquecedora, principalmente aos leigos sobre o assunto.  Assim como promover debates entre a população e especialistas. 

“Pensar espaços museais para atender conceitualmente as questões da museologia social, entendendo o clima como um patrimônio natural, e as complexidades advindas dos impactos na natureza e na sociedade. Isto parece ser fundamental para nosso futuro. Promover diálogos entre as instituições é essencial e a ideia deste museu é importante para a Amazônia.”, conta o curador e professor-pesquisador da Universidade Federal do Pará (UFPA), Orlando Maneschy.

O espaço promoverá incentivo à educação e pesquisas 

Para além da beleza e grandiosidade, o Museu do Clima pretende apontar soluções para lidar com as questões complexas ambientais que surgirão ao longo dos próximos anos. O projeto prevê programas de capacitação e formação que serão voltadas para diferentes públicos, assim como troca de conhecimento na região. 

Vai ser fundada dentro do museu a Escola do Tempo, considerada o verdadeiro “coração” do projeto. Um espaço que oferecerá palestras, cursos, eventos, exposições, entre outras iniciativas, que serão voltadas às escolas e comunidades ribeirinhas. 

“Não podemos falar das questões artísticas e ambientais sem um programa educativo e de pesquisa sólido. Nosso objetivo é engajar a população local, escolas, universidades e pesquisadores nacionais e internacionais”, afirmou Roberta. 

Além da escola, o espaço também sediará o Centro de Estudos Climáticos, um programa de fomento à ciência e pesquisa, que tem como propósito ampliar estudos no ramo da ecologia, debatendo, por exemplo, sobre energia verde, biodiversidade e agricultura sustentável. 

A expectativa da direção é que os projetos se tornem verdadeiros “catalisadores” de ideias e iniciativas, e que promovam a pesquisa e o aprendizado sobre questões climáticas. 

“Nosso foco é valorizar o território local e dar a voz que a Amazônia precisa ter no cenário. A nossa prioridade será envolver atores regionais na condução e direção desses projetos, buscando agregar a comunidade internacional, mas com a legitimação e representação da região amazônica”, garantiu Roberta Maiorana. 

Os projetos voltados à ciência, educação pesquisas também podem abrir oportunidades únicas para estudiosos que se envolvem em pesquisas relevantes, em busca de novos conhecimentos sobre o clima. 

O Museu do Clima pretende contar com o apoio de diversos governos e instituições internacionais e nacionais que também atuam na defesa da preservação da floresta amazônica. A contribuição desses parceiros, vai permitir o avanço de pesquisas científicas para melhor compreensão dos impactos das mudanças climáticas no Brasil e no mundo.

 

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