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Banda paraense Velhos Cabanos lança curta metragem com música nova

Após seis meses de produção, banda lança curta com música progressiva de sete minutos

O Liberal

Depois de seis meses de produção e preparação, a banda paraense Velhos Cabanos lançou a música “Cores’, seguida de um curta metragem dirigido por Adrianna Oliveira. Os lançamentos fazem parte do projeto aprovado pela Lei Aldir Blanc Pará e têm produção executiva da Psica Produções. A canção tem duração de sete minutos e foi criada através dos pensamentos, inspirações e processos criativos dos integrantes da banda.

Formada por Onze da Silva (guitarra), Marco Sarrazin (piano / saxofone), Lucas Franco (bateria), Matheus Leão (baixo) e Phellipe Fialho (guitarra / voz), a banda leva a arte a sério e “Cores” provou que esse posicionamento tem um custo alto, monetário e psicológico. Segundo Onze, “a música trata não somente de questões da produção artística, mas de tudo que é produção humana. Como a vida em coletividade, cada vez mais à mercê das visões das outras pessoas, pode comprometer nossas percepções sobre nós e nossas expressões”, explicou.

Ainda segundo o músico, “não é muito claro quando estamos no controle da nossa própria arte, o que nos leva a essa busca sufocante pelo quadro mais bonito já pintado, como diz na música, que tem como mantra o verso ‘todo mundo tem que ter o quadro mais bonito já pintado’, discutindo como as guias, modelos e pressões mercadológicas têm afetado a mente criativa do artista”, relatou.

A construção da música, segundo os integrantes da banda, trouxe embates e um desgaste que acabou servindo de inspiração. A música e o clipe são metalinguísticos, brincam com o processo de criação artística, que começa com uma ideia em direção a um produto final, mas é pressionada pela ansiedade de construir uma grande obra.

A cineasta Adrianna Oliveira, responsável pela roteiro e direção do curta, também sentiu a pressão quando o projeto que pretendia criar imagens para sete minutos de música progressiva chegou em suas mãos. “Escuto a música deles e não sei se a interpreto como devo ou se espelho meus sofrimentos nela. Mas jurei que estava escutando uma pessoa me contar que não aguenta mais a corrida capitalista de ter que ter o quadro mais bonito já pintado. Deixar de viver a vida por um projeto de sucesso que nos esgota, fazer parte de um sistema que anula nossas subjetividades e nos lança numa vida que só tem sentido enquanto formos vistos, são alguns dos rastros da nossa ilusão. Somos essencialmente animais, mas ambiciosos demais para notar que o sucesso é só uma fumaça passível de qualquer sopro”, concluiu.

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Cultura
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