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27º Sonora Brasil: Felipe e Manoel Cordeiro levam ritmos do Pará para circular no Brasil

Lançamento nacional do Sonora Brasil ocorrerá nesta sexta-feira (27) e no sábado (28), no Sesc Glória, em Vitória (ES)

Eduardo Rocha
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A 27ª edição do projeto Sonora Brasil, iniciativa do Sesc que circula pelo país com apresentações musicais inéditas e encontros entre diferentes gerações e territórios da música brasileira vai contar com apresentações dos cantores e compositores paraenses Manoel e Felipe Cordeiro, respecitivamente pai e filho. Em outras palavras, a música paraense está muito bem representada por essa dupla que diz muito da produção musical e do Estado do Pará. Até porque eles têm como proposta criativa a fusão vibrante de ritmos amazônicos com a música eletrônica e pop.

Além desses dois artistas, são representantes da musicalidade do Norte do Brasil no Sonora Brasil 2024-2025: Bado, Quilomboclada e Sandra Braids, de Rondônia. O projeto possui como tema “Encontros, tempos e territórios” e promove o diálogo entre artistas de diferentes origens e estilos, resultando em espetáculos únicos que percorrem o Brasil até novembro. Ao todo, serão 145 apresentações em 42 cidades, além de 31 ações formativas. No Pará, a programação do Sonora Brasil será realizada em julho.

O lançamento nacional do Sonora Brasil ocorrerá nesta sexta-feira (27) e no sábado (28), no Sesc Glória, em Vitória (ES). Desse momento irão participar 10 grupos,  e será realizado o  pré-lançamento da série documental “Sonora Brasil – Encontros, Tempos e Territórios”, produzida pelo SescTV.

Som para todos

Felipe e Manoel Cordeiro vão mostrar no Sonora Brasil um portfólio das sonoridades que produzem há tempos, ou seja, uma mistura de guitarrada, lambada e carimbó com elementos contemporâneos. Manoel é um mestre dos arranjos, pesquisador de sons na Amazônia e mantém uma carreira artística com músicas que sempre estão na playlist dos bailes em Belém e em outros municípios paraenses, sem falar em outras cidades do Brasil. Isso porque Manoel é um artista que circula pelo Brasil afora. 

Já o filhote dele, Felipe Cordeiro, é um dos principais nomes da música paraense, com uma carreira consolidada na ousadia. Felipe seguiu os passos do pai e se reinventa a cada novo trabalho musical, ou seja, como um "camaleão sonoro" que faz dialogar guitarrada, brega, baladas, pop e por aí vai. As letras versam sobre temas variadas, a partir da realidade amazônica, berço desse artista. Por isso, o encontro de Felipe e Manoel Cordeiro é também o de gerações e, assim, vai possibilitar ao público conferir como os trabalhos deles, confeccionados em grande parte em tempos diferentes a partir de um olhar próprio, podem interagir e gerar bons frutos sonoros. 

“É um projeto muito bonito e que causa muita expectativa na gente. A gente vai tocar em lugares em que não é muito comum ou fácil de tocar, estamos indo para os outros lados da Amazônia. A gente toca muito por aqui pelo Pará e agora nós vamos tocar em Rondônia, Acre e em alguns lugares do Nordeste. Então a gente está bem feliz e bem empolgado. Tinha tempo em que eu e o papai não fazíamos uma turnê juntos, tocando muito eguidamente, e estamos felizes de estarmos juntos”, declarou Felipe Cordeiro. 

Espetáculos inéditos

A diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Ses, Janaina Cunha, destaca o ineditismo dos shows. “O Sonora Brasil consegue traduzir essa riquíssima diversidade cultural brasileira ao reunir artistas de diferentes gerações, de formações musicais e preferências tão distintas. Ficamos felizes por esses dez grupos terem aceitado o nosso desafio de criar espetáculos inéditos para trazer ao público essa riqueza que só um país tão multicultural como o nosso consegue produzir”, diz Janaina.

Em 2025, os artistas no projeto são: Chau do Pife e Andreia Lais (AL); Fandango Mestre Zeca e Melina Mulazani (PR); Fernando Cesar e Tiago Tunes (DF); Bado, Quilomboclada e Sandra Braids (RO) e Charlles André e Luciane Dom (RJ); Mãe Beth de Oxum, Surama e Henrique (PE); Mestre Negoativo e Douglas Din (MG); Seu Risca e Ana Paula da Silva (SC); Geraldo Espíndola e Marcelo Loureiro (MS) e Manoel Cordeiro e Felipe Cordeiro (PA).

Documentários

A série "Sonora Brasil: Encontros, Tempos e Territórios foi gravada durante o ano de 2024, em paralelo à circulação do projeto, e conta um pouco da trajetória de cada um dos artistas e o que eles levaram para o palco do Sonora. O episódio que será exibido no lançamento apresenta Chau do Pife, Mestre do Patrimônio Vivo de Alagoas, que adaptou a melodia do pife a vários estilos musicais, como rock, maracatu e chorinho; e a jovem cantora Andréa Laís, de 24 anos, que se destaca pela sua mistura única de ritmos regionais e eletrônicos.

O Sesc TV já produziu 20 documentários sobre o projeto, disponibilizados no site do canal. Em 2024, foi lançada a série documental sobre o Líricas Femininas, tema da 22ª edição do Sonora Brasil no biênio (projeto de 2019). A obra ganhou o prêmio da rede de Televisoras Públicas e Culturais da América Latina (RedTAL) de melhor conteúdo musical.

 

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