O Talento Especial de Diane Keaton Marco Antonio Moreira 17.10.25 16h57 Diane Keaton (foto) foi uma das primeiras atrizes que me impressionaram no início da minha cinefilia, ainda na adolescência. Seu falecimento, nesta semana, certamente gerará diversas e merecidas homenagens à sua trajetória artística. O talento de Diane Keaton surgia na tela de modo impactante — na comédia ou no drama —, sempre se destacando nos filmes em que atuou pela inteligência e versatilidade. Todos os filmes que fez com o cineasta Woody Allen foram extraordinários. E foi justamente por meio dessas obras com Allen que conheci Diane Keaton. O primeiro filme dessa parceria especial entre Allen e Keaton no cinema foi Sonhos de um Sedutor (1972) de Herbert Ross, baseado em uma peça teatral escrita por Allen como uma homenagem ao clássico Casablanca (1941), de Michael Curtiz. Foi fácil perceber que ambos tinham uma conexão mágica na interpretação dos protagonistas dessa comédia inteligente. Lembro-me dela com Allen em filmes maravilhosos como A Última Noite de Boris Grushenko (1975) e O Dorminhoco (1973), mas foi em Manhattan (1979), Interiores (1978) e Annie Hall (estranhamente chamado Noivo Neurótico, Noiva Nervosa no Brasil) (1977) que me apaixonei por seu talento. Como não amar Keaton e Allen em Annie Hall, em cenas tão emocionantes e intensas, protagonizadas por dois atores tão bem entrosados, que tudo parece absolutamente natural — das passagens cômicas às cenas de amor — nesse filme tão especial e extraordinário, que traz a melhor atuação dela no cinema? Keaton também trabalhou com Allen em filmes expressivos como A Era do Rádio (1987) e Um Misterioso Assassinato em Manhattan (1993). As atuações de Keaton são sempre intensas e expressivas, interpretando personagens geniais criados, especialmente por Allen. Recordo-me também da surpresa ao vê-la em Interiores, em um papel dramático complexo, no primeiro filme de Allen em sua nova fase voltada para o drama, que ampliou sua carreira como diretor e roteirista e confirmou o talento de Diane Keaton em um gênero que também exige intensa atuação e dedicação dos atores. Além dos filmes com Allen, Diane Keaton participou de diversas produções que evidenciaram seu talento como atriz, especialmente À Procura de Mr. Goodbar de Richard Brooks (1977). Ela também tem um atuação marcante no filme Reds (1982) de Warren Beatty. Contudo, foi com Allen que ela se consagrou como uma das melhores atrizes da história do cinema. Keaton foi premiada com o Oscar de melhor atriz por Annie Hall e é claro que também é necessário lembrar outras atuações expressivas no cinema (como em O Poderoso Chefão I, II e III), teatro e televisão, mas sempre ficará a saudade de Keaton (como Woody Allen a chamava) e a tristeza de saber que ela e Allen nunca mais estarão juntos em um novo filme. Viva Diane Keaton por toda a sua carreira de atriz, que sempre me impressionou e me tornou um de seus maiores admiradores no cinema. Obrigado, Diane Keaton! Mostra Itinerante A Cinemateca é Brasileira Entre os dias 23 e 31 de outubro, a Mostra Itinerante A Cinemateca é Brasileira com o tema Resistência Cinematográficas chegará à Belém com exibições de vários filmes no Museu da Imagem e do Som, no Centro Cultural Palacete Facíola, com mesa de abertura e exibição de longas e curtas-metragens com sessões gratuitas. O projeto itinerante apresenta lista de 20 películas, sendo 13 longas e 7 curtas-metragens. Esta edição se dedica a recordar os tempos de repressão e resistência, a partir de obras ficcionais ou de documentários. Entre os filmes programados para a mostra estão os clássicos do cinema brasileiro Cabra Marcado para Morrer (1984) de Eduardo Coutinho, A Opinião Pública (1966) de Arnaldo Jabor, Pra Frente Brasil (1982) de Roberto Farias, Os Fuzis (1964) de Ruy Guerra, Eles não usam Black-Tie (1981) de Leon Hirszman, Jardim de Guerra (1968) de Neville D´Almeida e O Ano que meus Pais saíram de Férias (2006) de Cao Hamburger. Amazônia Memórias para o Futuro A mostra Amazônia: Memórias para o Futuro continua em exibição no Cine Líbero Luxardo até o dia 22/10, com entrada gratuita. O evento apresenta uma excelente programação de filmes, debates e sessões comentadas com a participação de cineastas, pesquisadores e lideranças indígenas. Na quarta-feira, dia 22/10, ocorrerá o encerramento da mostra, com a exibição do filme O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra, seguida de debate com minha participação, juntamente com João de Jesus Paes Loureiro e Violeta Loureiro. Dicas da Semana Se meu apartamento Falasse de Billy Wilder. Com Jack Lemmon e Shirley MacLaine. Um dos melhores filmes do cineasta do clássico Quanto mais quente melhor. (Cineclube SINDMEPA. Terça-feira, dia 21/10. Horário: 19h. Entrada gratuita). Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas cine news COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Cine News . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. 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