II Mostra Pan-Amazônica de Cinema Marco Antonio Moreira 07.11.25 14h20 II Mostra Pan-Amazônica de Cinema () A II Mostra Pan-Amazônica de Cinema será realizada em Belém, de 11 a 16 de novembro, em um evento que ocorre de forma expressiva no mesmo período da COP-30. A mostra ocorrerá no Cine Líbero Luxardo, um dos espaços mais simbólicos da circulação do audiovisual na cidade. A Mostra tem como propósito principal exibir filmes com temáticas indígenas, quilombolas, ribeirinhas e amazônidas em sentido amplo, além de promover a presença de convidados de diferentes regiões que compõem a Amazônia Legal. A proposta é abrir um espaço de diálogo sobre a diversidade de modos de vida, saberes, cosmologias e lutas sociais que definem a experiência do viver na Amazônia. Entendo que uma das propostas da Mostra parte da compreensão de que o cinema é um instrumento essencial de testemunho, memória e visibilidade, capaz de potencializar a conscientização do público sobre questões socioambientais e políticas. Ao ocorrer simultaneamente à COP-30, a Mostra busca contribuir com diversas questões e debates vinculados a questões amazônicas. Assim, o cinema também torna-se um catalisador de reflexões sobre a urgência climática mundial. Durante os seis dias de programação, serão exibidos 18 curtas-metragens e 7 longas-metragens, compondo um panorama diverso da produção audiovisual pan-amazônica contemporânea. A intenção é garantir que todos os estados da Amazônia Legal – bem como representantes dos países amazônicos – estejam presentes, fortalecendo vínculos culturais e colaborativos entre os diferentes territórios que compartilham a experiência amazônica. A II Mostra Pan-Amazônica de Cinema é uma realização da Rizoma Audiovisual, do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal e da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), com patrocínio da Open Society e apoio da Fundação Cultural do Pará, da Secretaria de Cultura do Estado e do Governo do Pará. Confira alguns dos filmes que serão exibidos na II Mostra Pan-amazônica: Curtas: Boiuna (Pará) Direção: Adriana de Faria, Tu Oro (Amapá) Direção: Rodrigo Aquiles, Dia dos Pais (Amazonas) Direção: Bernardo Ale Abinader. Longas: Não haverá mais história sem nós (Pará) Direção: Priscila Brasil, Al Oriente (Equador) Direção: José Maria Avilés. Lô Lô Borges é um compositor especial, dotado de um dom musical singular. Não por acaso, foi parceiro de Milton Nascimento em diversas trajetórias marcantes da música brasileira. Suas composições sempre se destacaram por harmonias ao mesmo tempo simples e complexas, acompanhadas por letras brilhantes de artistas como Márcio Borges, Fernando Brant e Ronaldo Bastos. Tom Jobim elogiava suas harmonias musicais. Entre tantas músicas queridas, posso citar Um Girassol da Cor de seu Cabelo, O Trem Azul, Tudo que você podia ser, Feira Moderna, Equatorial, Ela. Sempre ouvi Lô: desde Clube da Esquina, passando pelo célebre “disco do Tênis”, até o luminoso A Via Láctea. Sua música sempre fez parte das minhas identificações afetivas ao longo da vida. Eu gostava de saber da sua paixão pelos Beatles e, muitas vezes, construí minhas próprias conexões entre a obra de Lô, a de Milton e a dos músicos do Clube da Esquina com a banda inglesa. Era um modo de amar ainda mais a música dessa turma talentosa e emocionalmente brilhante. Tive a honra de assistir a um show de Lô em Belém, há muitos anos, acompanhado de meus filhos, e guardo com carinho a lembrança de tê-los levado naquele momento tão especial. Como admirador da sua obra, esta semana foi um pouco triste. Saber que Lô Borges faleceu deixou tudo um pouco mais silencioso. É o tempo que passa, os artistas que amamos partindo, e uma espécie de solidão delicada que se instala sobre tudo e todos. Mas basta ouvir suas músicas para que o sorriso volte ao meu rosto. Penso e sinto que ele continuará sempre por perto — musicalmente — tornando este mundo, por vezes estranho, um lugar melhor. Obrigado, Lô Borges. O Agente Secreto O Agente Secreto de Kleber Mendonça Filho, filme premiado no Festival de Cannes com os prêmios de melhor direção e ator, finalmente, está em exibição nos cinemas brasileiros. Assisti ao filme em uma pré-estreia no Cine Líbero Luxardo e pude confirmar, mais uma vez, o talento do diretor em elaborar uma obra com estilo criativo e inteligente, repleta de temas diversos, a partir de uma narrativa que evidencia questões vinculadas a memória, cultura e política. Escreverei sobre o filme de modo mais aprofundado nos próximos dias, mas adianto ao leitor que O Agente Secreto merece total atenção do espectador. Destaco, desde já, a participação de Wagner Moura, em uma atuação extraordinária. Sem dúvida, O Agente Secreto é um dos melhores filmes que assisti este ano. Assista e prestigie a exibição deste filme nos cinemas! Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas cine news COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Cine News . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! 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