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Círio de Nazaré: conheça e entenda as principais expressões da festa

Termos como “Berlinda”, “Corda”, “Manto” e “Nazinha” são utilizados durante o festejo

Lívia Ximenes

O Círio de Nossa Senhora de Nazaré, festa que homenageia a Virgem Santa, marca as ruas de Belém com devoção e símbolos durante o mês de outubro. Considerado o maior festejo religioso do Brasil e declarado Patrimônio Cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) há 21 anos, o evento reúne milhões de fiéis e admiradores anualmente. Em 2025, a programação oficial está agendada para ocorrer entre os dias 06 e 27 de outubro.

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Além das procissões e missas, o Círio também carrega expressões únicas, como “Berlinda”, “Corda”, “Manto”, “Nazinha”, “Rainha da Amazônia”, “Imagem Peregrina”, “Romeiro”, “Fitinha” e outras. Confira abaixo as principais palavras usadas na Festa de Nazaré e seus significados.

Glossário do Círio de Nazaré

Berlinda

A Berlinda do Círio de Nazaré é a estrutura onde a Imagem Peregrina da Virgem Santa fica durante romarias, procissões e missas do festejo. Atualmente, o item utilizado é o quinto da história do Círio e foi construído em 1964. Anualmente, a Berlinda passa por pequenos reparos para garantir beleza e boa estrutura.

Corda

A Corda do Círio de Nazaré fica junto à Berlinda. Adotado em 1885, o objeto é produzido anualmente e se tornou símbolo de devoção durante os percursos da festa. Alguns promesseiros decidem ir segurando na Corda durante a Procissão Principal.

Manto

O Manto de Nossa Senhora de Nazaré é o que recobre a imagem. Todos os anos, a peça é confeccionada e bordada à mão e, em 2025, a responsável pela produção é a estilista Letícia Nassar. A veste desse ano decorada com vidrilhos de cristal, joias de prata e ouro, zircônias, miçangas de vidro e hematitas.

Nazinha e Rainha da Amazônia

Nazinha e Rainha da Amazônia são apelidos carinhosos dados pelos fiéis à Nossa Senhora de Nazaré. Os termos expressam a proximidade, o respeito e a exaltação dos devotos com a Virgem Santa.

Imagem Peregrina

A Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré é utilizada durante o Círio e outras programações. Ao contrário da Imagem Oficial, que está preservada na Basílica-Santuário de Nazaré, essa percorre as ruas com os devotos e é protegida pela Berlinda.

Romeiro e promesseiro

Romeiros são aqueles que participam das procissões do Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Enquanto isso, os promesseiros, além de participarem, vão para cumprir votos feitos à Virgem Santa e/ou agradecer por graças alcançadas.

Romarias e procissões

As romarias e procissões são os cortejos que acontecem durante o Círio de Nossa Senhora de Nazaré. No total, são 14 trajetos, incluindo Procissão Principal, Moto Romaria, Romaria Fluvial, Romaria dos Corredores e Romaria das Crianças.

Brinquedo de Miriti

Os brinquedos de Miriti marcam o Círio com decorações e adornos de barcos, bonecos, passarinhos e outros itens. Feitos a partir de uma palmeira natural da Amazônia, eles são coloridos e chamativos. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) declarou os brinquedos como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Pará e do Brasil.

Almoço do Círio

O Almoço do Círio é parte da tradição nas casas paraenses. Mais do que uma refeição, o momento é de confraternização, com declarações de amor, carinho e fé entre amigos e familiares. Normalmente, o almoço é feito com comidas tradicionais do estado, como maniçoba e pato no tucupi.

Fitinha do Círio

As Fitinhas do Círio são mais um símbolo de devoção e promessa. Durante o festejo, o item fica à venda em lojas oficiais e com ambulantes pela cidade. Fiéis costumam amarrar a fita no pulso ou em outros locais, como bolsas, chaveiros e na grade na Basícila-Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, e fazem promessas e/ou pedidos à Virgem Santa. De variadas cores, as fitinhas carregam um significado específico conforme a coloração.

Festa da Chiquita

A Festa da Chiquita ocorre anualmente na noite que antecede a Procissão Principal do Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Tombado como Patrimônio Cultural Imaterial em 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o evento é reconhecido pela Unesco e é uma das maiores manifestações da diversidade LGBTQIAP+. A festa não é parte da programação oficial do Círio.