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VÍDEO: Conselheira tutelar que atendia jovem morto por leoa faz desabafo emocionante em rede social

Em determinado momento do desabafo, a conselheira tutelar aponta sobre a negligência do poder público sobre a saúde mental de Gerson.

Gabrielle Borges
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A conselheira tutelar  Veronica Oliveira, que acompanhava há anos o jovem Gerson Machado, de 19 anos, morto nesse domingo (30) logo após pular a jaula dos leões no Parque da Bica, em João Pessoa, Paraíba, afirmou em vídeo que "era visível o transtorno mental" do jovem e que ele sofreu negligência do Estado. Saiba mais detalhes a seguir.

Segundo ela, o rapaz tinha diagnóstico de esquizofrenia e teve uma vida marcada por abandono, violações e sofrimento. Ele era filho de uma mulher que também tinha a condição mental fragilizada, assim como os avós. Gerson foi entregue pela mãe ainda pequeno e todos os irmãos foram adotados no período em que estavam no abrigo. O jovem chegou a ter 16 passagens pela polícia por cometer pequenos crimes.

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O sonho de Gerson era ir para a África e "domar leões" e chegou a falar que "iria andando para lá (o Continente Africano)". Após a repercussão do caso, a conselheira tutelar Verônica Oliveira compartilhou um relato emocionante em forma de vídeo:

"Foram oito anos acompanhando você, lutando, brigando para garantir seus direitos. Quando entrou na minha sala pela primeira vez, tinha apenas 10 anos. Eu e a conselheira Patrícia Falcão recebemos você das mãos da Polícia Rodoviária Federal (PRF), encontrado sozinho na BR. Desde então, toda a rede de proteção me procurava sempre que algo acontecia com você", disse emocionada.

Em determinado momento do desabafo, a conselheira tutelar aponta sobre a negligência do poder público sobre a saúde mental de Gerson. Confira o relato de Veronica:

"O meu sentimento hoje é de revolta, porque eu nunca me calei durante os absurdos de violações de direitos que esse cidadão, que amanhã vai ser sepultado, sofreu. Ele era para estar em tratamento. Ele não precisava estar atrás das grades. Ele precisava estar em tratamento psiquiátrico.", desabafou.

Gerson teve diversas passagens pela polícia e centros socioeducativos desde a infância. De acordo com a Polícia Civil, ele havia sido solto na sexta-feira (28), dois dias antes de morrer, após tentar danificar caixas eletrônicos no bairro de Mangabeira, na capital paraibana. Relatos dizem que o jovem falava "que queria ser preso" por estar com fome e não ter lugar para dormir.

(*Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com.)

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