Salário mínimo de 2026 será de R$ 1.621, confirma governo
Reajuste de R$ 103 considera inflação acumulada e crescimento do PIB; valor começa a valer em janeiro de 2026
O salário mínimo em 2026 será de R$ 1.621, segundo confirmação do Ministério do Planejamento e Orçamento nesta quarta-feira (10/12). O valor representa um aumento de R$ 103 em relação aos atuais R$ 1.518 e será aplicado a partir de janeiro, com impacto no salário recebido pelos trabalhadores e aposentados em fevereiro.
O reajuste foi definido após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que acumulou 4,18% em 12 meses até novembro, e também do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024, revisado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para alta de 3,4%.
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Como é calculado o reajuste do salário mínimo
A regra atual determina que o salário mínimo seja corrigido pela inflação medida pelo INPC e acrescido do crescimento real da economia de dois anos antes. Para 2026, o cálculo considera o desempenho do PIB de 2024. No entanto, o arcabouço fiscal limita o aumento real — aquele acima da inflação — a um percentual entre 0,6% e 2,5%.
Como o PIB de 2024 cresceu 3,4%, o acréscimo foi limitado a 2,5%. Somado à inflação acumulada, o reajuste total chega a 6,79%. Pela fórmula, o valor calculado foi de R$ 1.620,99, arredondado para R$ 1.621, conforme previsto em lei.
Impacto nas contas públicas e revisão de projeções
O novo valor levará o governo a revisar as estimativas para 2026, já que o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovado pelo Congresso previa um salário mínimo de R$ 1.627, com reajuste de 7,18%. Para que o valor seja oficializado, o Congresso ainda precisa aprovar o Orçamento de 2026, o que deve ocorrer até a próxima semana, antes do início do recesso legislativo.
O que compõe o reajuste de 2026
- Inflação (INPC) acumulada em 12 meses até novembro: 4,18%
- Crescimento real do PIB de 2024: limitado a 2,5%
- Reajuste total: 6,79%
- Valor final: *R$ 1.621
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