Quem é Nefo, o líder da quadrilha que planejava sequestrar Moro
O acusado, junto com outras 8 pessoas, incluindo a namorada, foram presos na última quarta-feira (22), em São Paulo
O Liberal
Na audiência de custódia, o líder plano criminoso, pediu para não ficar preso no Paraná, receoso de confronto com inimigos. A solicitação não foi aceita. (Reprodução / Veja)
Janeferson Aparecido Mariano Gomes é responsável pela organização, financiamento e planejamento que tinha como missão sequestrar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e a família dele. Segundo a Veja, Janeferson tem três apelidos no mundo do crime: “Nefo”, “NF” e “Dodge”.
A polícia o aponta como membro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele seria responsável por atentados e resgates de presos, além de envolvimento com o tráfico de drogas. Nefo, junto com a namorada, Aline de Lima Paixão, e outras sete pessoas foram presas em São Paulo, na última quarta-feira (22), pela Polícia Federal.
Entre os capturados na ação, está a ex-esposa e uma outra mulher, apontada como amante do chefe da facção. O processo corre na 9ª Vara Federal de Curitiba. Conforme informações da Veja, a PF mapeou bens e imóveis do acusado em nome de terceiros.
“Não há dúvidas da aplicação dos valores oriundos do tráfico de drogas e da associação para o tráfico de drogas de Janeferson para o financiamento das atividades criminosas na cidade de Curitiba/PR, sendo que o patrimônio identificado em nome de terceiro é parte vital das ações policiais para a completa desarticulação dos crimes em apuração, notadamente porque, com a prisão dos líderes, esse patrimônio é novamente absorvido pela orcrim (organização criminosa) para continuar a prática dos mesmo delitos”, dizem os investigadores, no pedido de prisão preventiva da quadrilha obtida pela Veja.
Quadrilha de comunicava por códigos
Clubes de futebol eram utilizados quando a quadrilha quisesse se referir ao plano contra Moro (Reprodução / Veja)
O celular de Dodge e de outros presos foram apreendidos na ação policial. Com isso, a polícia encontrou a imagem de um cofre e de anotações sobre os preparativos do crime contra o senador Moro, além de detalhes de todo o plano.
Os acusados, para não chamar atenção nas mensagens que trocavam nas redes sociais, utilizavam códigos, conforme apurado pela PF. Moro era intitulado de Tokio. A palavra ação era trocada por Fluminense, enquanto a de sequestro virou “Flamengo”. Outras nomenclaturas ainda estão sendo decifradas pelos policiais.
Na audiência de custódia, o líder plano criminoso, pediu para não ficar preso no Paraná, receoso de confronto com inimigos. A solicitação não foi aceita.
Ação criminosa milionária
A PF apurou que a ação contra Moro foi contabilizada em R$ 3 milhões (Reprodução / Veja)
Outra imagem, que chamou a atenção da polícia foi a da contabilidade da empreitada. As imagens, obtidas pela Veja, evidenciam que a operação orquestrada por Nefo custou R$ 3 milhões.
Em uma rara entrevista concedida à produção do programa Tá na Hora, ele disse que tem procurado pela irmã e se surpreendeu ao saber que ela está em liberdade
Em outubro de 2020, em um caso semelhante ao que viralizou nesta semana, uma mulher levou o marido morto ao banco, amarrado em uma cadeira de rodas, para sacar dinheiro na conta
Érika de Souza Vieira Nunes levou um idoso morto em uma agênia bancária para tentar fazer um empréstimo de R$ 17 mil na última terça-feira (16)
18.04.24 22h44
Este site usa cookies
Armazenamos dados temporariamente para melhorar sua experiência de navegação e recomendarmos conteúdo de seu interesse. Ao usar nossos serviços, você concorda com estes termos.