PF prende mais um suspeito pelo assassinato de Bruno e Dom; defesa se diz 'surpresa' com prisão
Jânio Freitas de Souza foi preso nesta quinta-feira (18) e deve ser indiciado pelo duplo homicídio e ocultação de cadáveres

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (18) mais um suspeito pela morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, em junho de 2022, no Vale do Javari, no Amazônia. Jânio Freitas de Souza foi preso em Tabatinga (AM), Ele é considerado braço-direito de Ruben Dário da Silva Villar, conhecido como "Colômbia", acusado de ser o mandante do crime. Segundo a PF, Jânio será indiciado pelo duplo homicídio e por ocultação de cadáveres.
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O órgão informou que todos os investigados no caso ligados à execução dos assassinatos já foram presos e serão transferidos para presídio federal nos próximos dias.
Em dezembro do ano passado, a PF prendeu no município de Benjamin Constant um homem conhecido por ser o segurança particular de "Colômbia". Além dele, Amarildo da Costa Oliveira, o "Pelado", Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos santos”, e Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, também já haviam sido presos por suposta participação nos assassinatos.
Defesa
Os advogados de Amarildo, Oseney e Jefferson divulgaram uma nota comentando sobre a prisão de Jânio Freitas de Souza e afirmam que a medida "causou surpresa" na defesa dos três pescadores, "pois todos os depoimentos e declarações do processo em que os pescadores estão respondendo são uníssonos em evidenciar que não houve mando ou organização criminosa", diz o texto.
A nota é assinada pelos advogados Lucas Sá e Américo Leal, que são do Pará, e ainda Goreth Rubim, Gilberto Alves e Larissa Rubim, que atuam no Amazonas.
"Bruno Pereira atirou em Amarildo e Jefferson, que se defenderam do ataque. Oseney sequer estava no local. Estes são os fatos apurados no caso diante do juiz federal de Tabatinga, inclusive contando com o depoimento de uma testemunha ocular. Acontece que a todo momento nós, da defesa dos pescadores, estamos denunciando que os órgãos de investigação estão escondendo informações da defesa", afirmam os advogados.
"Inclusive, pedimos a anulação de todo o caso dos pescadores por conta disso e agora iremos solicitar que a polícia federal nos forneça a documentação integral desta investigação paralela, pois é mais uma evidência de que não estão deixando que os pescadores se defendam de forma ampla, plena e irrestrita, conforme assegura a constituição", diz a defesa.
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