CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Pará não corre risco de abalo sísmico, afirma geólogo do Museu Paraense Emílio Goeldi

Após o Acre registrar o maior tremor de terra da história do Brasil, no último sábado (20), a reportagem repercutiu o terremoto com o geólogo Amilcar Carvalho Mendes, do Museu Paraense Emílio Goeldi

Bruna Lima
fonte

A Região Norte, registrou, no último sábado (20), o maior tremor de terra da história do Brasil, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos. Com 6,6 graus na Escala Richter, o abalo sísmico ocorreu no Acre às 18h31 no horário de Brasília, 16h31 no horário local.

VEJA MAIS

image Acre registra o maior tremor de terra da história do Brasil
Terremoto ocorreu no município de Tarauacá e teve magnitude de 6,6 graus na Escala Richter

image Tremor de terra é registrado em Roraima; vídeo
Municípios de Pacaraima, Normandia e Amajari foram as regiões que sofreram tremor de terra após terremoto na Venezuela

image ‘A sensação é de estarmos num navio com tudo balançando’, diz paraense sobre terremoto no Japão
Lethícia Laylla, 23 anos, é natural de Ananindeua, na Grande Belém, e mora há um ano no Japão

A reportagem repercutiu o fenômeno com o geólogo Amilcar Carvalho Mendes, do Museu Paraense Emílio Goeldi, que explicou que a localização do tremor no Acre, no último sábado, fica próximo ao Peru, uma zona ativa do ponto de vista sísmico, onde ocorre encontro de placas e registra tremores com alguma frequência, sendo algumas pouco perceptíveis pela sensibilidade humana. Tudo depende da profundidade que atinge.

O geólogo explica que os estados brasileiros situados a oeste, sobretudo o Acre e Roraima, são os mais propensos a passar por essas ocorrências de abalos sísmicos, pois estão na fronteira com a Cordilheira dos Andes, uma zona sísmica ativa. “Se for buscar na rede sismográfica, a gente vai encontrar vários tremores nessa região. Essa liberação de energia geodinâmica, um fenômeno geológico de choque de placas que reativam falhas geológicas e provocam esses tremores”, explica o geólogo paraense.

O Pará não está situado em uma zona sísmica ativa. Está situado em uma zona de divergências de placas, onde elas se afastam. “Elas se deslocam em sentido oposto, ao contrário da região onde está localizado o Acre, que se choca com a face dos Andes. No caso do Pará, não temos que nos preocupar com essa ocorrência de terremoto”, explica Amilcar

Terremotos com profundidades baixas causam estragos e são perceptíveis à sensibilidade humana. Nesse caso do Acre, que apesar de ser um tremor com escala considerável, ele não foi perceptível pela sua profundidade. “E isso é causado por falhas geológicas desse toque de placas”, completa o geólogo.

image Peixe-remo: peixe raro 'premonitório' a terremotos é flagrado por mergulhadores; vídeo
A superstição associada ao peixe-remo e aos terremotos é baseada na mitologia japonesa, que sustenta que esses animais surgem intencionalmente na superfície antes dos tremores ocorrerem, encalhando nas praias

image Moradores relatam forte tremor no litoral de SP e Defesa Civil confirma dois abalos sísmicos
A intensidade confirmada do terremoto foi de 4,7 e 4,9

image SP sofre tremores após abalo sísmico na Argentina
O possível motivo dos tremores pode ter sido o terremoto de magnitude 6.5 registrado no país vizinho

Existe uma rede de sismógrafos mundial, a qual o Brasil é signatário, que faz o monitoramento dos tremores. “De fato um tremor com essa magnitude, com acima de 6 quilômetros de profundidade, pode ser considerado o maior do país, pois realmente eu não recordo de outro que tenha tido uma profundidade maior”, destaca.

A diferença entre os terremotos está na profundidade, pois quanto mais profundo menos perceptível é. E quanto mais próximo da superfície, maior é o estrago, pois geralmente ocorre abalo de estruturas de prédios.

“Em termos mais didáticos, é preciso reforçar que os estados brasileiros da região amazônica não tem essa potencialidade, apenas os estados mais a oeste, por estarem em fronteira na Cordilheira dos Andes”, reforça Amilcar.

Entenda a ocorrência

O Serviço Geológico dos Estados Unidos informou que o terremoto ocorreu próximo a Tarauacá, no Acre, as coordenadas exatas do tremor apontam para uma área isolada em Ipixuna, no Amazonas.

A intensidade também foi medida em 6,6 graus na Escala Richter, mas o órgão apontou profundidade maior, de 630 quilômetros. Ainda não foi informado sobre registro de danos. Isso porque o abalo aconteceu a 614,5 quilômetros de profundidade, o que permite a dissipação da energia. Um tremor nessa profundidade dificilmente é sentido pela população.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Brasil
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BRASIL

MAIS LIDAS EM BRASIL